29 outubro 2013

O ladrão de Almas


Era aquela a hora. Faltavam cinco minutos para a meia noite e ele acabara de montar aquela cena. Porque a perfeição estava naquilo que se fazia e Deus o ajudaria. Portanto ele fotografou aquela cena. Ele era a perfeição de Deus.

Alana estava se sentindo sufocada. O calor era infernal naquela hora do dia. Ligou o ar condicionado e começou a analisar as fotos. Tinha pedido sua folga para aquele dia, mas sendo véspera de feriado eles negaram dizendo que precisavam de todos. Não entendia como um feriado religioso trazia mais e mais brigas e mortes.
Lucas entrou em sua sala meio afobado. Aprendera a apreciar o amigo. Era um dos poucos que conquistara naquele lugar o que fazia pensar se fizera uma coisa certa ao escolher a Bahia. Eles eram um povo festeiro demais e curioso demais, e ela era restrita demais. Não permitia invasão à sua privacidade. O que gerara uma certa animosidade entre os colegas. Mas hoje, especialmente hoje precisava desabafar. E talvez o Lucas tenha entrado ali na hora certa.
— Pausa para o almoço miss Santa Maria?
— Tenho muito trabalho e não estou especialmente com fome. Mas se você vai sair pra comprar poderia me trazer uma salada de frango.
— Algo mais?
— Sim!!! Uma caixa de cerveja beeeemmm gelada.
— Engraçadinha. Que tal um suco de laranja bem gelado?
— Válido!! Alguma novidade?
— Aqui? Por enquanto não. Parece muito calmo para o meio dia.
— Espere até as quatro e verá!
Lucas saiu como sempre afobado. Era típico dele andar correndo. Talvez fosse toda a idade e juventude.
O telefone de sua mesa tocou. Pensou duas vezes em não atender mas o barulho a irritava mais que um trote a irritaria.
— Delegacia de Homicidios, doutora Alana Shneider boa tarde.
Mirela Andrade Couto, 14 anos, desaparecida em 24 de outubro. Você irá encontrá-la na Igreja de Santa Luzia do Pilar.
 Ouviu o clique do telefone sendo desligado. Ligou para o departamento de desaparecidos e pediu pra conferirem. Era obrigação da Policia Militar conferir essas coisas.  Mas a desorganização ali era demais. Olhou pela janela e viu um pingo de chuva. Aquilo era um martírio. Só iria piorar o calor e a maresia. Lucas entrou e deixou sua salada sob a mesa.
— Se eu fosse você não comeria. — disse ele com aquele ar de nojo. — Acabaram de ligar e um corpo foi encontrado na igreja de Santa Luzia. Os vizinhos reclamaram do mau cheiro da igreja. A senhora da limpeza chegou ao local meio dia e tiveram que hospitalizá-la. Ela está em estado de choque.
Levantando-se ela começou a juntar suas coisas e marchar para o local.  Na entrada pediu para a secretaria rastrear o ultimo numero que ligou pra ela. E pedir as gravações do local.
Durante todo trajeto de carro ela e Lucas conversaram sobre amenidades. Família e mais e pela primeira vez ela conseguiu dizer a ele coisas pessoais.
— Então você foi policial no Canadá por seis anos?— Lucas perguntou.
— Sim, eu fui pra lá estudar direito. Acabei na academia de polícia. Me formei e continuei.
— E trabalhou na homicídios lá?
— Não. Lá era uma delegacia que atendia de tudo. Não era como uma capital. Apesar de estudar em Toronto eu trabalhava numa vila pequena com um índice baixo de criminalidade. Nos meus seis anos vi apenas dois homicídios. Tinha várias brigas e outras coisas mas nada comparado a isso aqui.
— Então o que te torna especialista nisso?
— Um curso de dois meses que fiz nos Estados Unidos. Los Angeles é péssima quando se fala de criminalidade. Em dois meses lá eu quase enlouqueci.
— Porque você foi?
— Porque entramos em algo que não gostaria de discutir, me desculpe Lucas.
— Tudo bem Alana. Eu entendo. Então Miss Santa Maria virou Miss Toronto agora?
—Hahahaha outra piada. Não pedi pra nascer loira, mas garanto que nada muda minha inteligência, isso é puro preconceito de vocês.
— Ainda prefiro Miss Santa Maria aos outros apelidos que te deram.
— Barbie do Sul? Medusa frígida? Acha que eu não sabia?
—Chegamos. Depois discutimos isso.
Vinte anos havia se passado desde que Alana entrara em uma igreja pela ultima vez. Depois daquela cena nada a faria voltar novamente. No meio do tapete vermelho central que levava ao altar estava uma garota vestida com roupas que pareciam a dos santos. Ela tinha em uma das mãos um prato contendo seus olhos, na outra um ramo verde. Uma cena bizarra.
Uma espécie de poste foi colocado de modo a segurar o corpo. O sol escaldante fizera com que o estado de putrefação se iniciasse mais rápido e a menina estava sangrando o que aumentava o mau cheiro.  Uma carta meticulosamente colocada aos pés dela dizia assim:
E os humildes herdarão o reino dos céus. Adorem a virgem que negou-se a casar e perder a virgindade para um pagão. E lhe foi perguntado o que ele lhe admirava, e prontamente ele respondeu ‘seus belos olhos’ e ela os retirou para entregar ao homem. Isso é a prova de fé, Jesus está voltando e ele precisa de novos mártires, não de falsos profetas”

Não havia nenhuma imagem de santo na igreja. Todos haviam desaparecido. Um louco estava a solta criando novos santos ou imortalizando os antigos.

25 outubro 2013

Coisas de bar

Tem coisas que mesmo que você vivencie não vai acreditar nunca que é possível de acontecer. Pois é, outro dia passei por uma situação meio saia justa. Não justa feita de nylon, mas saia justa feita de “fitacrepeempacotadoradedefunto,” tipo,  muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito justa.
E isto me levou a pensar quantas coisas assim já me ocorreu. São tantas e inúmeras que compensa contar.
No fim do dia, sexta-feira, havia chovido tanto que pensei que a Paulista seria inundada, nada melhor pra encerrar a semana do que um happy hour com os amigos do trabalho, especialmente se aquela foi uma semana cansativa, com o chefe bufando na orelha.
Tem um inferninho lá na Augusta que a cerveja é barata e os petiscos são bons. Um dos locais preferidos da galerinha do mal. Pelo menos era até a maluca perder a classe.
Éramos sete: eu, Aline, Paty, Alberto, Carla, Olivia e Alex. O grupinho de sempre, sempre animado. Sempre disposto a ficar até o seu Manoel nos colocar pra fora querendo limpar pra ir dormir.
O Alberto era baixinho, barrigudinho, mas metido a gostosão, pegador do pedaço. Um sorriso pra ele, e ele já dizia que estava pegando.
Já o Alex era alto, loiro, forte, musculoso, metido à atleta, raramente passava do segundo copo de chopp e sempre na dele.  Como eu já tinha dado uns pegas nele o que rolou foi pra mim a maior surpresa de todos. Tipo, fiquei passada que nem uva passa, foi chocante.
Lá pelas nove começou a tocar música eletrônica, numa pista de dança improvisada e a gente soltou a franga.  A libertação dos bichos da semana.
Nesta noite a Carlinha estava meio deprê, bebeu muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito. Muito acima do normal. Lógico que antes de dar dez horas ela já estava à verdadeira franga de encruzilhada: bêbada pra caramba e doida pra pegar o primeiro que desse mole pra ela. E o eleito quem foi? Quem? Hein?
Sim, o fdp do Alex.  Quando começaram a tocar David Guetta a mulher ficou maluca, parecia que estava com encosto, sei lá. Nem é bom analisar.
Mas a verdade é que ela começou a rebolar em cima dele. Esfregava inteira nele. O vestido azul, decotado subia direto, uma ou duas vezes o vi puxando o vestido dela pra baixo. Ela falava coisas como: te quero, preciso de você. E ele tentando ser o cara legal. Pedindo pra ela se controlar.
Não tinha quem segurava a pomba gira dela. Foi um ôh.
Peguei pelo braço, arrastei pra mesa e comecei o sermão. A gente era frequentador assíduo, de conhecer o proprietário. O que a vaca estava querendo? Uns tapas, só podia, né? O seu Manoel já estava até meio constrangido. E eu, a pseudamelhoramiga? Sim pseuda, porque isto não se faz nem com um ET, quanto mais com uma amiga. Ela sabia que já tinha rolado um lance entre nós. Sabia que eu era meio afim dele ainda. Mas tentei segurar a onda e ajuda-la a sair do enrosco.
Ela, loira, corpo escultural, mulher avião, que deixava todos os caras babando, podia ter qualquer um. Mas cismou com o único que nunca avançava o sinal. Depois que eu fiquei com ele, não sabia de nenhuma outra.
Pra minha agonia, o filho de uma égua sentou na cadeira ao lado dela. Queria ajudar a resolver o problema. Bicho mais sem noção.
Consegue imaginar? Pois é. Ela me matou com a faca de passar manteiga no pão de tanta vergonha.

Falando coisas como: quero ter você, vamos sair daqui, e daí pra baixo, ela não se conformava com as negativas dele.
Quanto mais não ele dizia, mais oferecida ela ficava. E continuava a encher a cara.
De repente, a doida – sim, doida, possuída. Porque um ser normal não faz isto! - sobe na mesa e começa a tirar a roupa. E eu lá, perdida. Não sabia se catava o vestido e os sapatos dela ou se a fazia descer. O boteco inteiro veio abaixo, os homens pedindo pra ela continuar. O dono do bar desesperado, sem saber se gostava ou se mandava descer, com cara de abobado.
O restante da turma olhando com cara de assustada, meio desconfiada, meio pronta pra criticar, mas nem um pouco a fim de me ajudar a fazê-la descer.
Do nada, Alex ficou em pé. Deu um berro, a música parou. Obrigou a ela descer e se vestir. Muito bravo, querendo torcer o pescoço dela. A levou pra fora do bar, para no meio da rua recomeçar a gritaria, baixaria pura.
Ela se oferecendo e ele fugindo.
De repente, sem papas na língua ele solta: “eu sou gay. Gosto de macho! Peito, bunda de mulher, o que você tem, eu não gosto. Sacou? Para de palhaçada, você está agindo feito uma piranha e você não tem nada que eu possa querer.”
Imagina minha cara de surpresa. O bofe se assumindo, assim, pra geral. Sendo que muitos dos presentes viram a gente se pegando. Engoli em seco, puxei a cachorra pelo braço – na verdade pensei em puxar pelos cabelos, mas me contive – a coloquei dentro do carro e voltei pro bar, fui pagar a conta.
Indignada, entalada, ainda tive que ouvir o cara mais gostoso da empresa falando que só ficou comigo porque queria saber como era transar com uma mulher.
Oi, como assim? Fui o test drive?
Oi, entendi direito?
A Carla precisou de algumas semanas pra se recuperar, mas eu...
Não consegui até hoje. Mesmo horas de conversa com o analista ajudaram. Levei um tempo enorme pra voltar a sair, e agora, já parto pra pergunta: “tu é hetero? Bi? Ou quer só saber como é transar com uma mulher?”
E ao final de tudo quem acabou com a fama de pegadora, safada fui eu. Tudo porque sai com o cara.
Até hoje não me superei, mas um dia ainda chego lá... ou não?

23 outubro 2013

Mimos de Outubro


Dias sem aparecer, o trabalho ocupando muito mais tempo do que eu previa. Hoje senti tanta saudades, que resolvi compartilhar os mimos que me dei e o que eu ganhei neste mês de outubro. 

Como sempre é sapato!!! Quem me conhece sabe que tenho vários e vários modelos e adoro diversificar.

O primeiro, me dei de presente logo no início do mês, é um scarpin salto alto e com detalhes em metal, couro preto e trabalhado.



Achei muito linda a combinação do salto alto fino com fivelas. Paixão imediata.


Usei este efeito para mostrar os detalhes do salto e do couro.
Como não é algo gritante, precisa ter atenção para observar e o efeito foi d+!




Detalhes do sapato, salto e fivela... muito divertido. 


Mimo dado pela minha filhota! Adorei! Spikers no fundo vermelho.
Outro dia, cansada, triste da vida, passei pela loja, vi, e ela disse que a minha carinha era de cachorro pidão, que ficou claro que rolou uma química com o sapato. Obvio que adorei o presente!


Ele é de carmurça, macio e não machuca.
Uma delícia!


E esta sapatilha, comprei em Sorocaba, debaixo de um temporal!
Mas adorei.

Linda, discreta (ou quase, heheheheh) e combina com quase todo tudo que tenho no armário!

Já se tornou figurinha padrão no dia a dia. 

Amei as pedrinhas na frente!


Enfim, tenho tanta coisa pra contar pra vocês, mas tão pouco tempo. Outros mimos pra apresentar, lugares interessantes etc.

Mas o que eu virá em breve-breve será sorteio! Aguardem! Bjks!



07 outubro 2013

Ceramic Print - a sensação da Primavera/verão 2014

Estamos na primavera, época que pede vestido leves, dedinhos de fora e um cuidado especial com a pele (apesar que hoje está meio friozinho aqui no Rio de Janeiro).

Quer saber o que usar nesta primavera/verão?

Adorei a proposta azulejos, ou ceramic print, que nos conduz aos azulejos que revestiam as fachadas das construções portuguesas.



Da coleção da Zara, este terninho é um sonho de consumo!
Para dar uma descontração a qualquer produção e ficar sofisticada ao mesmo tempo.


Achei este look lindo! Bem a cara do Rio de Janeiro.


Fugindo do tradicional azul navy: Dolce Gabbana!
É um dos modelos que eu mais prefiro.
Preto, mesmo com estampas, é sempre elegante.


Todo mundo já viu esta foto/modelo, mas é ou não é um arraso esta produção?
(Tenho que falar: essa bota é tudo!!!)



Até os sapatos se renderem à tendência.
E eu não decidi se gosto ou não deste, é um modelo que tem que ser usado com muita cautela,
pois poderá sobrecarregar e comprometer todo o look.




Mais uma versão fugindo do tom navy.
Gostei da cor e da proposta do tecido, mas faria o modelo diferente.
Tenho a sensação de que já o vi com outra estampa recentemente.




Lógico que as unhas não poderiam faltar!
Gostei muito desta proposta, ela por si só pode salvar qualquer look mais básico.

E o que você achou desta tendência, usaria? Eu particularmente, já tenho visto em algumas lojas, ainda não achei o modelo que tanto quero, mas quando o encontrar, será muito bem vindo ao meu closet.

04 outubro 2013

Palavras o vento leva...

"Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido."_ Fernando Pessoa
Se você pudesse dizer tudo o que pensa a alguém você diria? Me peguei com essa dúvida e decidi arriscar. Eu diria. Diria tudo o que penso, diria tudo o que sinto. Diria a você o que incomoda o que dói, o que magoa. Sei que sou fraca e pouco corajosa de escrever uma carta e mandar pra você. Mas mesmo que eu assim fizesse pra onde eu mandaria? Você é um rosto que atormenta meus sonhos e me deixa com a sensação de desmoronamento. Não pelas razões que você decidiu achar que são. Mas por minhas razões. Você é uma presença constante e irritante em minha vida. Por mais que eu faça e eu tente retirar, você está lá e isso parece gritar: "você não vai se livrar de mim", confuso...
Tudo sobre você desde o começo foi confuso. O modo como eu te vi. O modo como eu assimilei quem você era. Você sonha a vida inteira com um rosto e não espera que ele apareça na esquina.
O problema é que você não apareceu na esquina, apareceu em uma galáxia de distância. Mundos completamente opostos. Devo correr do MIB, posso ser presa por estar na galaxia errada ilegalmente. Não... não corro esse risco. Existe tanta gente por aí, e tinha que ser você? Ahh muito errado. E o engraçado é que você não quis minha amizade. Você tem medo de que? Acho que você tem medo de mim. Me lembra uma parte de uma música que diz assim: "Te vejo errando e isso não é pecado, exceto quando faz outra pessoa sangrar..."
Mas você nunca se importou realmente se alguém está ou não magoado, pelo que eu sei. Parei de escutar as músicas erradas. Qualquer coisa que meramente faz referência a algo que te lembre eu evito. Isso inclui filmes, livros e músicas (principalmente músicas). Mas aí eu evito, evito e acabo voltando a te ver. Então eu xingo, grito mas nada, nenhuma atitude que eu tome faz eu me livrar realmente da sua presença. É irritante e as vezes acho que te odeio por isso. Mas não consigo te odiar.
Esse é o conflito. Eu quero te odiar e não consigo.
Bem, aqui está. Eu desabafei. Não sei o que você faria com tais informações se você pudesse ler isso. Mas acho que você riria de mim e me chamaria de idiota. Bem típico de você fazer isso. Porque cheguei a conclusão que, pra você não querer nem minha amizade significa que se você não me odeia, pelo menos me detesta. O que eu fiz? Existi? Complexo. Eu te desafiaria a me decifrar pois estou certa que você não pode. E sim. Você tem medo de fazê-lo e descobrir que eu sou mais do que seu olho pode ver. Eu te desafiaria a encarar a mim uma vez ao menos. Porque estou certa que você nunca fez. Você acha que sabe, mas a verdade é que te assusta eu saber coisas que acho, você não diria nem mesmo pra você. Estou andando lentamente na direção contrária a você. Eu me deparo as vezes com sua pessoa ainda assim, mesmo sabendo que você também está caminhando em outra direção. Só que eu sou mais sutil, eu não deixo rastros. Eu não quero que você me veja. A minha única pergunta a você se você pudesse ler o que estou escrevendo seria: "você pensa em mim as vezes?" Sei que seu orgulho faria você me responder não, independente de ser a resposta verdadeira ou não. E por isso, me corrói essa dúvida. Dúvida da qual eu jamais terei a resposta, como eu disse, mesmo que você estivesse lendo isso você não responderia. Por medo da resposta, por medo de mim e de me encarar. Ahhh mas palavras o vento leva. Já a escrita perpetua pra posteridade. Talvez daqui a trinta anos (se eu viver até lá) eu tenha a coragem necessária pra te enviar isso que eu acabei de escrever. Meu medo não é da resposta que eu obterei, mas da possivel e provável indiferença que virá. Ao contrário de você eu não temo viver intensamente. Eu não temo que de sua boca saia um "eu te odeio" eu sei lidar com isso. Já a não resposta proveniente do seu medo de mim me magoa intensamente. Não irei me despedir. Você não teve coragem de dedicar uma palavra de despedida a mim. Eu sabia porque você estava indo, eu pedi pra você ir. Mas você poderia ter dito adeus. Eu não iria dizer pra você não ir. Mas sempre que não se diz adeus a alguém sempre tem aquela sensação de volta. Não voltará. Eu não quero que volte. Minha sanidade fica comprometida. Mas vou dedicar a você a mesma consideração de você por mim. Não direi adeus. Se você quiser você pode passar pra conversar. Sem promessas de futuro. Eu já quebrei meu orgulho por demais fazendo isso por você. Gostaria que as vezes você passasse pra me dizer oi. Mas você está rodeado de amigos agora e não precisa falar comigo mais. Mesmo assim se você passasse às vezes seria legal. Me faria sentir melhor. Como eu disse tudo sobre você é tão confuso. E eu continuo aqui tentando entender. Caminhando na direção contrária. Mas acho que se você pudesse ler, você entenderia. Eu te desafio...
"Você está saindo da minha vida... E parece que vai demorar
Se não souber voltar ao menos mande notícias..."
Mas ainda assim eu digo que essa é a música:
"Ás vezes se eu me distraio, se eu não me vigio um instante, me transporto pra perto de você..."

03 outubro 2013