13 fevereiro 2012

A essência da vida

Calor insuportável na América do Sul, frio desesperador na Europa.

Crise econômica do outro lado do Atlântico, no Brasil o governo insiste em não admitir que as coisas não vão tão bem assim na economia.

O mundo vive o caos. Caos em sua forma plena. Caos na mais pura essência.

O padrão de roupas mudou drasticamente, o padrão de vida sucumbiu à ditadura de meia dúzia de pessoas.

Hoje se veste o que alguns dizem que é legal; ouve-se o som que foram feitos para a massa, sem conteúdo e sem questionamentos; o comprar é melhor do que o ter.

Ninguém questiona mais se o que é apresentado como programa infantil é de fato para ser visto pelas crianças. Ninguém questiona o fato de que a mídia governa as decisões e somente os que estão no poder questionam a mídia.

Será que nossas crianças são educadas em casa ou na rua? Pelo modo como as coisas andam acredito piamente que seja na rua.

O amor entre os homens esfriou de tal forma, que hoje qualquer ato de carinho, sem pretensões, é interpretado equivocadamente. Pedir desculpas é sinônimo de mais brigas, pois a pessoa que houve o “desculpe” se acha no direito de “crescer” sobre a outra.

E assim a vida segue e perde sua essência.

É preciso resgatar o sorriso despretensioso; o “deixe pra lá” nas coisas que não vale a pena.

Cada vez mais necessário doar-se ao próximo, mesmo que você nunca mais veja este próximo, seja em pequenos atos, seja em coisas grandes.

Deixar a corrupção de lado, especialmente aquela que começa dentro de casa; abandonar os atos poluidores, que muitos fazem sem pensar, como jogar o papel da bala no chão.

Abraçar causas nobres, que sirvam para todos e não somente para alguns.

Afinal de que “adianta ao homem ganhar o mundo se ele perder sua alma?”

Perder sua alma, sua essência, seu coração – dê o nome que derem – deve-se o homem abandonar o egoísmo e se entregar a ajudar o próximo, a ajudar o planeta. Pois, vemos, que atualmente falta o essencial: um pouco mais de paz, um pouco mais de calma...

11 fevereiro 2012

I Believe!

Madrugada alta. Carnaval. Enquanto a cidade comemora e festeja, eu me vejo sentada diante do computador, tentando colocar as idéias em ordem.

Ordem esta que não tem muito como desenrolar. É uma insatisfação total com a vida. Com a vida que tenho levado. Com o que tenho conseguido obter da vida.

Escuto as pessoas dizendo palavras que deveriam ser de incentivo, tipo: “quem acredita sempre alcança”, ou então, “tudo aquilo que você deseja, você atrai pra você. Basta ter paciência”. Mas não vejo nada disto.

Como foi difícil chegar a vida até o presente momento e agora parece que estou no meio do Everest, no escalão Hillary, em meio a uma tempestade que não me permite ir adiante  - subir ou descer é impossível.

Queria outro emprego, outra fonte de renda; outra cidade, outra casa; outro amor, alguém pra chamar de meu; queria sentar pra ver o sol se por ao lado de alguém que teria certeza que iria envelhecer ao meu lado.

Sempre que estou como um cão lambendo minhas feridas – algumas velhas feridas – escuto outros falando que eu tenho que pensar nos demais, naqueles que não podem se virar sozinhos, citam idosos, cegos e outros mais. Mas eu não quero comparar as dores, não quero saber se a minha dor é maior ou menor do que outra pessoa.

Quero mudar minha vida, resolver os problemas que tanto me incomodam, me atrapalham. Poder ajudar meu próximo sem ficar me perguntando se terei condições de comprar o leite para meus filhos ou de colocar minha filha na faculdade.

Quero um novo amor, mesmo que ele seja de meia idade, não é a idade que me importa. Importa, conta muito, o fato dele ser alguém que gosta de trabalhar, que seja capaz de me incentivar a ir adiante, alguém que eu possa contar no meio de meus dilemas e medos. Um homem de verdade, não alguém que somente pensa em si. Mas isto é tão complicado.

Tudo dói, tudo machuca. Dormir não é legal, pois terei sonhos, que mesmo sendo doces, virarão pesadelos ao me dar conta que sai da fantasia e terei que enfrentar a realidade.

Falta-me forças pra ir adiante e para os problemas enfrentar. Queria poder sentar a beira do caminho esperando a vida passar.

Mas, só me resta respirar fundo, olhar pros lados e a mim mesma falar: amanhã, mais uma vez, irei tentar.

Espero que desta vez vá. 

Pois não sei se acredito em bruxas, mas que elas existem, existem. Se não, como explicar a confusão que ando passando, me sentindo sem rumo, sem eira nem beira? Somente um feitiço poderia ter me tirado do caminho que estava trilhando e a dor que hoje sinto, não sei explicar, mas é uma frustração enorme com meu pesar.


I Believe in me! I don't believe in witches or failure!