31 dezembro 2012

Encontro Inesperado - Capítulos XIX e XX


Capitulo XIX

 (Ps: Resolvi encerrar o ano, encerando algumas coisas em minha vida, uma delas, me deu muito prazer: este conto, porque fazia tempo q minha alma clamava para que eu voltasse a escrever - sendo assim, acabei de publicar o ante penúltimo capítulo e agora publico os dois últimos capítulos do meu conto. Quem sabe em 2013 eu resolva escrever um pouco mais... quem sabe??? Bjs, Cacau)

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Capítulo XIX

Enquanto ele tentava controlar a própria mãe e colocar um pouco de juízo na cabeça dela, sai pro jardim, precisava de ar. Precisava de um canto. Ultimamente andava estranha e desconfiava que estava grávida e isto me preocupava.

Não queria contar ao Alessandro, não saberia como ele iria lidar com isto, estava se saindo muito bem com a Sophia, mas ela era um caso a parte. Entrou na vida dele a força e sem pedir autorização nos arrastou a esta situação.

Sentia-me agoniada por tudo isto e as palavras que minha irmã dissera alguns dias atrás ainda ecoavam em minha cabeça: “conte a verdade a ele. Diga que desconfia que está grávida. Relação nenhuma supera um mar de mentiras e segredos. Afinal de contas o filho é dele”.

O que eu temia? Temia ser abandonada novamente e perder tudo que eu ganhei nos últimos meses: a sensação de fazer parte de um lugar e a companhia de alguém ao meu lado no dia a dia.

Andava pelo jardim sem prestar atenção a nada, minha alma doía e sentia um vazio trazido pela insegurança. Sempre me perguntava porquê eu amava aquele homem. E eu não sabia, não tinha respostas visíveis para mim.

Senti a presença dele antes mesmo de suas mãos tocarem meus ombros e me virar para ele. Vi os olhos dele lendo minha alma e adivinhando uma parte da verdade.

- Você se deixou abalar pelas maluquices da minha mãe, não?  Vejo em seus olhos que está considerando as sandices dela.

- Não é isto. Mas tudo que ela falou tem um fundo de verdade. Eu não tenho nada que posso te oferecer. Quem sou eu? Não tenho uma família rica, trabalho pra me manter e...

- Porque quer se sentir útil, pois por dinheiro sabe que não precisa disto.

- É, mas tem a Sophia. Eu acabei impondo ela a você e te obrigando a assumir uma paternidade que não estava preparado.

- Pode parar! Nem mexa no time que está ganhando! Sei que às vezes me assusto com a quantidade de arte que ela é capaz de fazer, mas eu sou mais apaixonado por ela hoje do que ontem, e será sempre assim. Adoro ver a capacidade dela de superar as próprias artes e de ficar de bico quando sou obrigado a colocá-la no castigo.

- Ah é! Para com isto, Alessandro! Se não sou eu a colocar limites nesta menina ela seria impossível! Você é incapaz de negar qualquer coisa pra ela. Se ela pedir a lua você dará um jeito de dar a ela.

- Boa dica pra o presente de aniversário. - Falou marotamente, rindo e brincando com meus cabelos.

- Alessandro! Estou falando sério e muito sério! - Ele me puxou para um abraço, me acalentou calmamente, alisando meus cabelos.

- Eu sei, eu sei! Mas você fica tão linda brava.  Beijou-me  deliciosa e demoradamente.

- E sua mãe? Vocês se resolveram?

- Não, mas decidi não sofrer mais com isto. Conclui que ela não anda bem da cabeça. Que anda com sérios problemas. Vou lidando com eles, um a um enquanto vão aparecendo. Vai chegar o dia em que terei que interná-la, mas por hora, vou fazer de tudo pra mante-la longe de você.

- Desculpe, sei que isto te dói, sei que você queria a paz entre nós. Mas simplesmente não consigo manter a cabeça no lugar e ultimamente ando mais sensível do que antes.

- Por quê? O que anda passando por esta cabeça linda?  

Cogitei contar pra ele toda a verdade, ansiava por este momento, mas como sempre a língua travou e preferi beijá-lo e sair andando pelo jardim.

- Você anda tão misteriosa que chega a doer. Sinto que tem algo escondido dentro desta cabeça. Já te conheço o suficiente pra saber que tem algo girando dentro desta cabeça.

Mostrei a língua a ele antes de responder. 

- Vou te contar, mas primeiro preciso fazer algo. Combinado? Você pode me dar mais alguns dias? Depois compartilho com você.

- 2 dias! A partir de agora! Depois terá que me dizer a verdade, porque isto está me matando de curiosidade. 

Capítulo XX

Os dois dias dados por ele voaram e lá estava eu sentada na frente da minha médica olhando incrédula pra ela.

- Grávida!?! De novo!?! Não acredito.

- Para de drama Linda. Aproveite a vida e curta a novidade, conheço uma baixinha que vai adorar esta novidade. Saia pro sol e aproveite o dia. Filho não é problema, é benção e você sabe disto melhor que ninguém.

Com este conselho na cabeça sai e fui a procura do Alessandro no escritório. Sabia que ele iria me apertar ao máximo até saber o que andava me incomodando. E decidi que deveria fazê-lo o quanto antes. Se era pra sofrer ou ser feliz com esta novidade, teria que ser agora. Sem medo de ir adiante, o procurei no escritório.

Diferentemente da primeira vez que lá estive, passei por todos sem ninguém me perguntar o que eu queria. Entrei na sala dele depois de uma ligeira batida na porta. Temia a reação dele e isto estava estampado em meu rosto.

Aqueles olhos azuis que eu tanto amava passaram por mim e logo souberam que eu tinha algo importante pra contar.

- Bem, seu prazo de 48 horas está ao final. Achei que você não iria me contar.

- Alessandro, 2 dias são diferentes de 48 horas. Se for assim, volto pra casa e terás que esperar até o por do sol de hoje pra ouvir o que tenho a dizer.

- Linda, você está me enrolando. Eu quero saber o que você anda aprontando. Ou terei que perguntar pra sua irmã?

- Aquela fofoqueira que não suporta manter nada em segredo? Não eu mesma irei contar. Mas como sei que você não irá gostar, estou com medo de sua reação; sei exatamente como você é quando algo não sai dentro dos teus planos.

- Serei paciente. Conte. O que você aprontou? Está devendo quanto e pra quem? Terei que suspender seus cartões de crédito?

- Aff! Você não facilita nada, sabia? Cale a boca, venha cá e me dê um beijo. E sim, isto é uma ordem. - Rindo ele me abraçou e me deu um beijo, mas sua impaciência estava ali, via nos olhos dele a ansiedade que queria algo imediatamente.

- Você sabe que não me casei com você por motivos escusos, mas sempre fui bem honesta com você com relação ao casamento. Mas estou com um problema que eu não sei solucionar. E acho que ele irá afastar você de nós. Na verdade eu estou com medo de você me colocar pra fora da sua vida agora.

Enquanto eu ia falando ele ia ficando sério, calado, mudo e a frieza voltava ao seu rosto.

- O que foi? Quero saber agora.

- Há coisas que falar é mais complicado do que se imagina. Bem, veja isto.

Tirei o exame de dentro da bolsa e entreguei nas mãos dele. Virei para a janela, olhando a vista e tremendo por dentro com medo da reação dele. O silêncio aumentou até o ponto de se tornar insuportável para mim, e com medo do que iria encontrar, me virei para ele com medo.

E lá estava ele, meio sorriso na cara, meio tonto, diferente de tudo que eu havia visto nos últimos tempos. Uma expressão de surpresa passava por seu rosto.

- Você está me dizendo que está grávida? É disto que você está com medo?

- Ah, Alessandro, me perdoa! Desculpe, eu não pretendia, não queria, mas a gente vem namorando sem nenhum cuidado há semanas e eu não pensei que poderia engravidar de novo. Eu vou embora, vou sumir da sua vida. Sei que você não quer outro filho, sei que você não está preparado pra isto e também sei que você não me ama. Eu já decidi, vou embora com Sophia logo depois do aniversário dela.

- Acabou com o rosário de bobeiras? Até lembrou minha mãe no meio das crises dela, quanta idiotice!

- Alessandro!!!!

Rindo, me puxou para os braços e me beijou docemente, sentou e me colocou no colo, alisando meu ventre.

- Sabe que para uma mulher inteligente às vezes você é tão obtusa? Será que até hoje não notou que eu sou completa e totalmente louco por você? Apaixonado é pouco. Eu te amo Linda. Descobri que não conseguiria viver sem você no dia que sai do centro cirúrgico e não te vi ao meu lado. Eu sofri horrores por tua ausência. Quando os dias foram passando e você continuava distante, entrei em pânico e descaradamente resolvi usar nosso elo pra te manter ao meu lado. E usando a Sophia fiz a proposta de casamento.

E mesmo que a gente não tivesse dormido junto, transado nenhuma vez até hoje, eu ainda estaria te amando. Você é muito mais especial pra mim do que imagina. E não tem ideia de como ter outro filho com você está enchendo minha alma de alegria. Porque não será uma criança qualquer, mas é uma criança que foi gerada com muito amor.

- Você me ama mesmo, de fato? Não está falando isto somente pra me acalmar?

- Linda, quando te vi grávida da Sophia – você se lembra daquela tarde que nos encontramos aqui perto? – meu coração se encheu de tristeza porque por um momento eu achei que podia ser minha a criança e depois você me disse que não era.

- Mas você ficou todo assustado!

- E não era pra ser assim? Mas isto não quer dizer que eu não gostei da ideia ou que não fiquei pensando nisto por um bom tempo.  E quando você entrou em minha vida novamente, apesar da tragédia que nos uniu, não tive como deixar de te admirar por ter sido capaz de sobreviver todo aquele caos sozinha e depois me apaixonar por você foi algo natural e simples. Tenho 3 bons dias, ou melhor 4, para recordar para sempre em minha vida.

- Quais são estes dias?

- O primeiro dia foi aquele em que te conheci, jamais deixei de pensar naquela noite; foi muito especial para mim. Depois o dia que você me deu a Sophia, mesmo com todos os problemas daquele momento, ter minha filha em meus braços foi como encontrar meu lugar na terra.

O terceiro foi quando nos casamos. Cada palavra dita naquele altar - ainda sou capaz de repeti-las - foram ditas de coração, era o que sentia em minha alma. Achei que você soubesse disto, achei que você já tinha visto, notado o quanto eu te amo e o quanto dominado estou por você.

Era demais pra mim, precisava beijá-lo, senti-lo em mim novamente, aquelas palavras me deixaram acessa. Ficamos nos beijando por um bom tempo até que a curiosidade bateu em meu cérebro.

- E o quarto dia especial de sua vida?

- Hoje! Quando você trouxe a notícia que nossa família está aumentando e teremos a oportunidade de continuar nos amando por muito mais tempo. - Falando isto ele voltou a me beijar, primeiro docemente, mas depois com mais e mais fogo e paixão.

De repente parou, me deu uma olhada marota e levantou indo em direção a porta.

- Onde vai?

- Trancar a porta. Quero realizar uma fantasia que há tempos tenho com você. Quero te amar em minha sala de trabalho e deixar boas lembranças suas aqui no meu ‘habitat natural’. Já tenho várias em meu coração, no meu dia a dia, mas falta esta que há tanto tempo eu fantasio.

Rindo deitou sobre mim no sofá.

- Eu te amo, minha Linda. Não somente por hoje, não somente por esta vida, mas por toda a eternidade.

- Eu também te amo Alessandro. Não somente por hoje, não somente por esta vida, mas por toda a eternidade.

Cai em seus braços, agora com a certeza de que havia encontrado meu lugar no mundo e que problemas poderiam ocorrer, toda dor, toda angustia, todo medo foram deixados de lado. 

Agora, eu tinha certeza que teríamos um na vida do outro...

Encontro Inesperado - Capítulo XVIII


Quase um ano depois do nosso casamento - organizando a festa de aniversário de Sophia, correndo pra baixo e pra cima cuidando de meus negócios e num sufoco pra manter a agenda pessoal e profissional do Alessandro conciliada com a minha, pois ainda nos esforçávamos para ter momentos bem especiais para namorarmos - me deparei com a mãe de dele no meio da minha sala em uma quente tarde de verão.

Minha relação com ela não melhorará um centímetro nos últimos meses e eu já havia decidido que não iria mais me estressar com as maluquices dela.

Ela vivia meio que enclausurada na própria casa, não era afeita a receber visitas. E sempre fazia questão de dizer que a escolha do Alessandro tinha sido um enorme erro. 

Nosso último encontro foi um desastre absoluto, pois ela se pôs a reclamar de Sophia, dos modos dela, e do fato dela ter um gênio igual ao filho. O que me levou a perder a cabeça e falar cobras, lagartos e crocodilos para ela.

No dia ficou visível que aquilo machucava Alessandro e prometi a ele, que não haveria outras brigas, pois iria me afastar dela e, caso ela desejasse, seria bem vinda a nossa casa, mas eu e Sophia não voltaríamos mais a casa dela.

A tristeza que vi nos olhos dele, me deixou chateada, mas convivendo com ele no dia a dia havia aprendido a esconder meus sentimentos e minhas dores e sabia que se não agisse assim seria uma guerra eterna entre nós duas.

Por isto vê-la armada pra guerra na minha sala aquela tarde me assustou e incomodou tanto. E antes do  “boa tarde”, fui obrigada a engolir mais desaforos dela.

- Vim rapidamente falar com você. Não pretendo demorar, mas preciso te dar um recado. -  Aquilo era pretensioso demais; ela dando um recado? Fiquei curiosa...

- Quero que suma de uma vez por todas da vida do meu filho. Ele não te ama! E você só faz mal a ele. Esta casa está uma bagunça desde que veio morar com esta menina aqui, as empregadas vivem reclamando das artes dela e você não faz nada pra ajudá-lo a construir um futuro.

Não acha que já gastou dinheiro demais dele? Foram roupas, sapatos, e tudo mais que uma perdulária poderia fazer e eu acho....

- Acho que está na hora de você sair da minha casa. Fora! Fora! Não me faça chamar o segurança. Esta casa é minha e da minha família. Falar desaforos dentro da sua, eu deixo. Mas aqui não! Respeite Sophia e respeite meu marido. Ele pode não falar nada, mas toda vez que você aparece e fala suas maluquices, ele é a pessoa que mais sofre. Se você ainda não viu a dor nos olhos dele, comece a prestar atenção o quanto você o machuca com suas asneiras! Agora chega, fora daqui!

- Não vou sair, não vou,  até ele chegar do trabalho. Quero colocar um pouco de juízo na cabeça dele, quero mostrar a ele que há outras mulheres mais interessantes que você no mercado.

- Peraí! Você vem aqui pra tentar acabar com meu casamento, é isto? Pode parar. Seu filho pode não me amar, mas eu o amo mais do que qualquer outra coisa... o riso dele, a dança dos olhos dele quando está feliz, a força dele é algo que eu não posso negar.

Quando vi que ela ia voltar ao ataque, não pensei duas vezes: - E tem mais. Eu o admiro por ser exatamente quem ele é e não quem eu acho que ele poderia ser. O aceito com os defeitos e erros dele, não apenas com os acertos e vitórias. Podemos ter algumas rusgas, mas nestes meses que estamos juntos a nossa única briga foi por usa culpa. E eu prometi que faria de tudo pra manter uma família ao redor dele. Você não irá atrapalhar nossa vida, entendeu?

- Não? Isto não é vida! Esta menina impossível deveria estar num colégio interno. Esta casa deveria ser aberta aos clientes e parceiros de negócios de meu filho, ele deveria ter uma mulher mais glamorosa pra desfilar por aí, pra atrair mais parceiros e p...

- Chega mãe! Agora chega! – Seu tom de voz não foi alto, mas conseguiu me assustar mais do que eu podia imaginar. Meu coração deu um pulo enorme ao ouvir a dureza em sua voz.

- Definitivamente você precisa entender, eu escolhi a Linda como mulher e não quero que você interfira. Não adianta ficar vindo a minha casa, escolhendo a hora que não estou para criar este tipo de confusão.

- E antes que você fale algo mais insano, cale-se. Como Linda falou, esta casa é dela, esta casa é nossa, é de minha família. Não permitirei que ninguém venha aqui perturbar nosso sossego. Seus desejos de continuar obtendo sucesso à minhas custas acabam aqui.

- Alessandro! Não fale assim comigo, sou sua mãe!

- A Linda é sua nora e a Sophia sua neta. Ela se esforça pra transformar esta casa em um lar. Ela se esforça pra construir o próprio negócio, cuida desta casa melhor do que você o fazia quando cuidava dos afazeres desta casa.

- E quanto a minha menina, bem isto está fora de cogitação. Ela não é uma peste. É uma criança normal, que vive todos os dias nos dando alegrias. Ótima aluna, obediente e apesar de espalhar os brinquedos pela casa, sabe que eu não gosto e me respeita. Diferentemente de você, mamãe.  Até ela já sabe o que você ainda não descobriu.

- o quê?

- Que eu sou adulto, dono do meu castelo e do meu nariz. Amadureci e não tenho mais paciência pra lidar com seus arroubos e chiliques.

30 dezembro 2012

Feliz 2013 e Retrospectiva 2012


Oi doidinhas!!

Como estou indo viajar amanhã, resolvi fazer um post rápido para desejar uma virada de ano linda!!
E quando a meia-noite trouxer o Novo Ano para o mundo e os fogos de artifício anunciarem a sua chegada, nossos sonhos sairão por aí...
Que o Pai Celestial tome a frente e que nas noites sem luar, as estrelas brilhem mais forte, iluminando o longo caminho.
Que no próximo ano possamos ainda ser amigas e esperarmos juntas a chegada dos nossos sonhos que partiram, comemorando com imensas taças de amizade verdadeira. 

Vi um video tão lindo, que vou compartilhar com vocês:


Retrospectiva de 2012, segundo a Paty que vos fala hehe

Os vestidos mais lindos de 2012









Top Filmes de Terror
 

 
Top Melhores Filmes 2012



Top Filmes de Zumbis


Então é isso, fiz uma mistureba né? Vou indo...beijos e até daqui a pouco! Vamos agitar muitoooo aqui no Penteadeira das Loucas em 2013. Quem quiser deixar dicas de assuntos para os próximos posts, só deixar um recadinho.

29 dezembro 2012

Era uma vez um livro



Oi meninas! O post de hoje tem um significado muito sentimental pra mim. É um dos maiores livros de todos os tempos, mas também o que mais tem significado pra mim. Harry Potter.

Ainda me lembro como se fosse ontem a primeira vez que vi o livro. Eu tinha sete anos e estava indo a um lugar com minha mãe quando passei na porta dessa livraria e tinha esse caldeirão púrpura com um monte de livros em cima. Nem dei muita bola, mas dois meses depois no meu aniversário lá estava ele. Admito que demorei um bom tempo para ler o primeiro livro, mas depois disso não parei mais.

E o motivo de ser tão ligada nele é que a leitura é simples, mas tão tocante que foi capaz de ligar pessoas em todo o mundo. Minha mãe, meus amigos e meus tios. Todos são fãs de Harry Potter – o menino que sobreviveu. E o motivo de todos sermos fãs é que cada um de nós – seres humanos – são capazes de se identificar com um menino que tem um coração puro e que luta por seus amigos. Um coração tão puro que não permitiu que Voldermort possuísse seu corpo no quinto livro.

Se você ainda não leu o livro, vou deixar aqui o último trecho do primeiro capítulo do primeiro livro pra ficar com um gostinho de quero mais.

"Uma brisa arrepiou as cercas bem cuidadas da Rua dos 
Alfeneiros, silenciosas e quietas sob o negror do céu, o último lugar do mundo 
em que alguém esperaria que acontecessem coisas espantosas. Harry Potter 
virou-se dentro dos cobertores sem acordar. Sua mãozinha agarrou a carta ao 
lado, mas ele continuou a dormir, sem saber que era especial, sem saber que era 
famoso, sem saber que iria acordar dentro de poucas horas com o grito da Sra. 
Dursley ao abrir a porta da frente para pôr as garrafas de leite do lado de fora, 
nem que passaria as próximas semanas levando cutucadas e beliscões do primo 
Duda. Ele não podia saber que neste mesmo instante, havia pessoas se 
reunindo em segredo em todo o país que erguiam os copos e diziam com 
vozes abafadas. 
— À Harry Potter, o menino que sobreviveu. "

E aí, curtiu? Bjinhos da Giuh ;*

28 dezembro 2012

Encontro Inesperado - Capítulo XVI e Capítulos XVII



(Ps: Como estive fora - tinha que comemorar o natal em família, não? - resolvi publicar 2 capítulos hoje, espero que curtem. Bjs)



- Linda, vamos nos trocar? Está na hora filha. Os convidados chegaram, a casa está pronta e até Sophia já está vestida, correndo solta pelos jardins, daqui a pouco vai se sujar e entrar toda descabelada na cerimônia.

Minha mãe não tinha percebido que eu estava novamente no modo automático. Desde a noite que Alessandro propôs o casamento tanta coisa aconteceu entre nós. Fazia exatos 45 dias.
 Mudei pra casa dele – que era linda, espaçosa, com uma piscina enorme e amplos jardins, local onde nosso casamento seria realizado em breve. Tinha um quarto pra mim, voltado pra o jardim interno, recebia a luz da manhã e tinha um banheiro enorme, com banheira de hidromassagem e tudo mais (fiquei sabendo uns dias depois que cheguei que aquele tinha sido o quarto do Alessandro até minha chegada na casa e agora ele ocupava um dos quartos de hóspede).
 Sophia se adaptou rapidamente a nova casa e a nova vida. Adorava correr pelos jardins, se perdia na frente da TV jogando vídeo game e ansiava pra voltar pra escola. Mas o médico ainda não tinha autorizado e isto era motivo de resmungos e lamúrias quase que diárias por parte dela.
 Até que apareceu com uma ideia nova, diferente... pediu um cachorro pro pai. Esperta já tinha descoberto que ele não sabia dizer não a ela. E assim, ganhou um cachorro pequeno, peludinho, branquinho e que era tão arteiro quanto ela.
 As empregadas da casa rapidamente se adaptaram a nova realidade e aceitaram bem nossa presença na casa. Para minha surpresa descobri que era bem vista pela criadagem, coisa que a ex-namorada do Alessandro não era.
 - Linda! Saia desde mundo particular no qual se enfiou e vamos nos vestir agora. – Ana parecia o general do meu casamento. Cada por menor ela havia resolvido, mal me dando tempo pra pensar em algumas coisas.

- Ok, ok, ok! Não estou em nenhum mundinho particular! Apenas estou pensando em como fugir desta loucura em que me meti.

- Ah, mas não vai mesmo. Ajoelhou tem que rezar, minha querida irmã! E aproveite que  o noivo é bem desejável e faça bom proveito deste casamento, antes que outra faça no seu lugar.

- Ana! Você não vale nada! Não sei porque fui te contar do nosso acordo nos mínimos detalhes.

- Porque você sabia que eu ia colocar um pouco de juízo em sua caixola. Ou, ao menos eu tento, né?

Me vesti e conclui a arrumação para o casamento. Sai do quarto uma pilha de nervos, via que todos me esperavam, e alisava freneticamente a saia do vestido. Por sinal um vestido lindo, rendado, reto, com mangas japonesas, que se abria ao final, ligeiramente para que pudesse me movimentar.

Usava na cabeça uma tiara de pedras azuis, um presente que minha mãe tinha ganhado de minha avó e combinava perfeitamente com meu vestido. Rindo, pensava que ter perdido os 10 quilos extras serviram pra uma coisa: entrar neste modelo slim que tinha comprado pronto.

Quando cheguei na ponta do tapete vermelho que me levava ao altar, vi Alessandro todo garboso dentro de um fraque azul e Sophia correndo solta em minha direção também de azul – eu tinha escolhido esta cor pra realçar a pele e os cabelos dela.

A música começou a tocar, os convidados se levantaram, os flashes das câmeras disparavam e eu não sei como cheguei ao fim do tapete, pois meus olhos estavam focados nele, somente nele. E sentia ele me olhando. Olhar de admiração e... desejo.

Quando finalmente parei ao lado dele, mal conseguia ouvir o que o celebrante falava, me permiti, naquele momento me perder dentro dos olhos dele.

E quando os votos foram feitos, eu sabia, que estaria pra sempre ligada aquele homem e que cada palavra por mim dita representava a verdade para meu coração.

Permiti que ele me conduzisse com a mão em minha cintura e me apresentasse a todos os presentes. Amigos e familiares, poucos convidados, uma união discretíssima, como eu pedi e ele concordou de pronto.

Como eu esperava, a minha relação com a mãe dele não melhorará um centímetro e talvez levasse décadas pra isto acontecer, mas ela já se permitia sorrir para Sophia e dar um pouco de atenção a ela. E isto me bastava no momento.

Fui arrastada por Alessandro pra a pista de dança e valsamos sob os olhares curiosos de todos os presentes.

- Você está uma indecência de tão linda, sabia?

- Que sorriso maroto é esse e que elogio mais sacana é este?

- Pena que eu prometi ser fiel a você, inclusive com você. Maldito acordo, mas hoje devo admitir, você está deliciosamente deliciosa. Minha mente não cansa de pensar no que eu poderia fazer se tirasse seu vestido e te deixasse somente com os brincos que te dei.

- Você notou? – rapidamente mudei o rumo da conversa, pois sabia que era bem capaz de ir pra cama com ele, se continuasse ouvindo essas coisas e tomando champgne.

- sim, notei que você ainda tem os brincos que te dei quando nos conhecemos e isto me faz muito feliz. Sinal de que marquei você.

- Profundamente! Não sabia? Alguém que tem 5 anos e está doída pra dançar com o pai foi a maior marca que você me deixou.

Falando isto me afastei dele com um sorriso nos lábios, interrompi a valsa, pois sabia que um minuto há mais iria dar confusão entre nós dois. Ele pegou Sophia no colo e com ela dançou um pouco mais. Todo atencioso, como se ela fosse a única dama daquela festa. Ela ria a cada rodopio. Era prazeroso vê-los juntos.

Aproveite o momento pra fugir de todos, especialmente dele. Não queria ter que ouvi-lo me seduzindo. Não seria forte o suficiente pra mantê-lo a distancia novamente.

- Linda, você está sendo uma boba com este acordo maluco, ouviu?

- Por que Ana, por que você me tortura?

- Porque é só ver ele te olhando. É com paixão, mas é também com adoração e admiração.

- Mas ele não me ama! O que você quer que eu faça?

- Que deixe de ser cega como ele está sendo. Veja, ele está fazendo de tudo pra manter você ao lado dele. E hoje quando você estava se arrumando, ele parecia um leão enjaulado pela casa, visivelmente contrariado porque não estava com você ao lado dele. Ele é tão tolo quanto você. Pois ele também te ama. E tanto você quanto ele, não saberão viver sozinhos, longe um do outro novamente.

- ok, Ana. Ok. Vou pensar no que você está me falando, ok?

Aproveitei a passagem do garçom com champgne e fugi de minha irmã e de seus conselhos. Aquela não era a hora ou o momento ideal para eles. E eu queria curtir a ideia de que havia acabado de me casar com o homem que eu tanto amava. Me sentia meio em êxtase neste momento.

Capitulo XVII

A festa de casamento correu solta, como não íamos viajar agora, pois não podíamos deixar Sophia sozinha e não tínhamos um motivo pra uma lua de mel, assim, decidi fugir da minha festa de casamento para o quarto.

Pedi a Ana que me ajudasse a tirar o vestido de noiva, que mandasse embora os últimos convidados e colocasse Sophia na cama. Eu precisava descansar.

Mas surpresas me aguardavam naquela madrugada.

Fui pro banho, sentei na hidromassagem e me permiti relaxar. Enquanto estava assim, quase cochilando, senti as mãos e o cheiro de Alessandro em meus ombros.

- Posso descansar um pouco aqui com você?

- Abusado. Você prometeu se comportar, esqueceu?

- Prometi me comportar com as outras, não com minha mulher... posso? E novamente fez carinho na minha nuca... o que me derreteu. Há anos sentia falta daquele toque e se era pra ir pro inferno, iria em grande estilo....

- Vai entra... tome um banho aqui comigo e relaxe. Ao menos para mim o dia foi exaustivo.

Vi toda sua masculinidade desfilar a minha frente e sentar de frente pra mim dentro da banheira com água morna. Aquilo foi o que bastou pra soltar o resto de força que eu tinha pra resistir a ele.

Desta vez quem tomou a iniciativa fui eu. Quando o vi nu, diante de mim dentro da banheira, o calor do desejo nasceu em mim e rapidamente mudei de posição para beijá-lo ousada e sensualmente.

- Linda, você tem certeza, você...

- O que eu tenho certeza é que neste momento eu te quero, o resto, bem o resto eu acerto amanhã.

Com isto o beijei deliciosamente, colei meu corpo ao dele e permiti saciar todo o desejo que vinha sentindo por ele há anos.

A pele, o cheiro, o toque dele tudo era ao mesmo tempo novo e sedutor demais pra mim, me entreguei a ele sem reservas e nos amamos até o dia clarear.

Acabei dormindo em seus braços, nua, cansada e saciada. Quando acordei, foi ele que me chamava com carinho e com beijos. Queria atenção, queria namorar novamente, queria o fogo da paixão entre nós.

E assim os dias foram se passando. O corre-corre da vida se fazia presente no dia a dia, e as noites eram reservadas para nos amarmos profundamente.

Era o momento mágico em que entrava em cena o homem doce, carinhoso e companheiro que trazia o céu estrelado pra junto de mim.

Até mesmo a criadagem não estranhou quando ele ordenou que suas coisas fossem levadas de volta pra o quarto que agora dividíamos. Parecia que nada podia atrapalhar nosso conto de fadas. 

23 dezembro 2012

Encontro Inesperado - capítulo XV



 Senti um baque surdo dentro de mim, as palavras dele me assustaram. E fiquei com medo do que ele poderia aprontar dali pra frente.

- Linda, sei que temos diferenças, sei que minha mãe te magoou, hoje sei o quanto minha atitude no passado te magoou, mas eu não quero mais brigar. Não tenho mais forças pra isto.

Sei que você olha pra mim como um caçador e um homem de negócios – frio e calculistas. E até às vezes sou mesmo, devo admitir. Mas tem algo que precisa entender, eu amo Sophia e mudaria o mundo por ela. Na verdade estou mudando meu mundo por ela. E, sinto te informar, o seu também.

- Como... como assim? - Fiquei preocupada, com receio do que ele poderia estar aprontando.

- Calma, eu sei que você anda agoniada pensando em duzentas mil possíveis coisas que eu poderia fazer.

Como disse não pretendo me separar dela ou ela de você. Mas não posso permitir que continuem morando naquele apartamento. Ele é confortável e tudo mais, mas não quero mesmo, pois ele não tem segurança alguma para proteger a Sophia. Você sabe que ela entrou na mídia, um prato feito para bandidos e inimigos. E tenho que protegê-la, é o meu dever de pai.

- E o que você está pensando fazer?

- Ela vai morar na minha casa. E você também. Você poderá ir como desejar, mas queria... – ele parou e respirou, ficou me olhando, analisando e eu sabia que o que viria depois seria difícil pra eu digerir.

- Quero que venha morar na minha casa como minha mulher, quero que case comigo.

- Como... como é que é? – Minha voz parecia um som engasgado, só sabia repetir isso? O que ele queria como tudo isto? Me matar do coração? Não tinha mais forças pra lutar com ele.

- Eu quero paz, paz na nossa vida. Paz para a Sophia, paz para nós. Somente não quero mais brigas, discussões, viver essa incerteza do amanhã com relação a ela. Eu não quero te obrigar, não quero que se sacrifique mais, mas não posso permitir que as coisas continuem como estavam. Tem muito mais do que meus sentimentos e os teus agora em jogo.

- Que proposta mais absurda! Você tem ideia do que me pede? Ficar ao teu lado ao mesmo tempo sendo só? Sem possibilidades de arrumar alguém, de ser feliz de novo?

- Te proponho a construir uma vida comigo. Há amor entre nós? Não, somente o que nutrimos pela Sophia e isto pra mim é o que me basta. Ela é tão importante para mim que sem pensar duas vezes terminei o namoro que mantinha há 2 anos. Sabe por que ela é tão importante pra mim?

- Não. Não sei nada sobre você. Na verdade sei apenas o que sai na mídia de vez em quando.

- Vou te contar algo sobre minha família, é meio que um segredo nosso. Minha família evita tocar no assunto porque sofri muito no passado por causa disto.

Sentei no sofá, e ele sentou ao meu lado. Segurou minhas mãos em quanto falava, brincava com meu anel de forma distraída, era visível que escolhia as palavras para me contar.

- Minha mãe é de origem humilde, bem pobre. Ela mal conseguiu concluir o curso de normalista. Começou a dar aulas em escolas públicas pra poder se manter, já que mina avó tinha 5 filhos e os sustentava como lavadeira.

Só que minha mãe também sempre desejou a riqueza, o ouro, a fortuna, o dinheiro. E não perdeu a oportunidade quando conheceu meu pai.

Um homem rico, sem escrúpulos, dono de negócios duvidosos, de gênio forte, mas extremamente controlado. Apesar do medo que eu nutria por ele, nunca o via levantar mão para mim ou para minha mãe. Mas era obrigado a ouvir com frequência que ele tirou minha mãe da sarjeta.

Depois de anos de brigas e discussões, ela resolveu voltar a estudar, montou o próprio negócio e começou a enfrentar meu pai. Eram brigas e mais brigas dentro de casa, praticamente não tinha paz.

Eu cresci largado, primeiro criado pela babá, depois no colégio interno que foi um inferno pra mim. Não raro quando voltava pra casa, as brigas me faziam desejar voltar pro colégio e lá ficar.

Por outro lado, não sei quantas vezes nas festas de fim de ano fui esquecido em algum canto da casa, esperando por um carinho, um abraço, um pingo de atenção. Só que as visitas sempre eram mais importantes que eu aos olhos de minha mãe, que sempre transformava estas ocasiões em reuniões de negócios e estrelismos.

Aos 17 decidi fugir de casa com minha primeira namorada. Vivemos momentos lindos e intensos. Até que ela descobriu que estava grávida, correndo risco de perder o bebê e eu trabalhando como frentista num posto de beira de estrada no interior do país.

Desesperado, liguei pra minha mãe, e tive que engolir o orgulho ao ouvir que me aceitava de volta, mas sem a garota ou o filho – que era nova demais pra ser avó!

Contra a vontade dela, voltei pra casa com a garota e nossa vida foi inferno por uns 3 meses seguidos. Até que no meio de uma discussão com minha mãe, minha namorada passou mal, caiu da escada, perdeu a consciência e veio a falecer no hospital.

- Nossa, Alessandro, eu não fazia ideia, eu...

- Sem problemas, como disse este é um assunto que não me orgulho nem um pouco. Mas por conta disto, fiquei arrasado e me fechei. Deixei meu pai resolvendo todo os problemas com relação ao trágico acidente. E comecei a trabalhar e estudar. Fazia de tudo pra não pensar naquela garota e naquela criança.

Bem, você sabe, o tempo se encarregou de fechar algumas feridas e me tornou como você e muitos pensam ao meu respeito: duro, fechado e um caçador. De fato sou um tanto assim, admito, mas também sou um homem que viveu os últimos 23 anos a espera de colocar um filho em meus braços.

- Quando entrei neste quarto e vi Sophia, me vi nela, e me vi sento pai depois de tantos anos. Te contei isto, não para que sinta pena de mim, não preciso disto. Mas para que entenda que quando você me contou da Sophia, o lado prático entrou em ação. Mas quando eu a vi, eu me vi nela, me vi nos olhos dela. E me apaixonei e me senti pai, vivo de novo.

Não quero que ela passe por um terço do que passei. Por isto te propus casamento. Quero que ela tenha paz, tenha uma família. E prometo uma coisa a você, vou sempre te respeitar, e do meu jeito aprenderei a te amar. O que você acha? Podemos dar a ela tudo que sempre eu desejei ter e não tive: amor, carinho, família?

Fiquei olhando pra ele, minhas mãos em suas mãos, ouvia a respiração de Sophia correndo solta e tranquila, sentia que a vida estava me dando uma nova oportunidade. E mesmo sem ser amada, sabia que eu podia tentar.

- Ai Alessandro! Deveria dizer não. Negar isto a você, seria negar isto a ela também.  Provavelmente vou me arrepender amanhã ou depois, mas sim, eu te digo sim... mas tem uma condição.

- Qual?

- Outros envolvimentos – teus ou meus – deverão ser em segredo pra que ela não sofra.

- Impossível. Minha mãe tem vários defeitos, mas uma qualidade que me ensinou e transferiu: fidelidade. Você será somente minha e eu somente seu, mesmo que venhamos a dormir em quartos separados. Pode ser assim?

- Vou me arrepender amanhã ou depois; mas cansada, carente e preocupada com o futuro: sim, aceito seus termos – com quartos separados e aliança no dedo.

- Aliança, bolo, festa e papel assinado; terá tudo isto e ainda será a dona da minha casa. – Falou e abriu o sorriso como que querendo pedir paz.

Não pude negar a paz que ele propunha e que eu sabia que era o que minha filha tanto desejava. Eu sabia que a dor e o sacrifício que teria que fazer seriam enormes, mas estava disposta a tentar a ter paz daquele momento em dia. Mas seria mesmo assim?

22 dezembro 2012

A Christmas Carol


Como é mais conhecido por nós “Um conto de Natal” foi escrito por Charles Dickens, e traz a história de Ebenezer Scrooge, homem sovina, avarento, que vive para seu dinheiro e não suporta o natal.

O livro foi escrito em apenas um mês, pois o autor tinha dívidas a pagar e precisava urgentemente de dinheiro, e publicado em 19 de dezembro de 1843. Mal sabia Dickens que o famoso ‘livrinho’ se tornaria em um dos maiores clássicos natalinos de todos os tempos, se tornando em livros premiados e valiosos em todo o mundo. 
Várias releituras do texto foram feitas, vários personagens foram inspirados na obra, com certeza uma das versões mais famosas foi Mickey’s Christmas Carol, de 1983, onde o tio Patinhas interpretava o personagem Uncle Scrooge (a disposição nas locadoras e em sites de filmes, e eu recomendo que o assistam é maravilhoso este filme!). 
O filme mais recente feito com base neste clássico foi Os Fantasmas de Scrooge, onde Jim Carrey interpreta o velho Scrooge e traz a tona toda a beleza da história.

 Resumidamente a história fala de um um velho sovina, mão de vaca, que vive pra contar dinheiro e que na noite de natal é visitado por 3 espíritos: O espírito do natal passado, o espírito do natal presente e o espírito do natal futuro. Todos trazidos pelo fantasma do falecido sócio de Scrooge: Jacob Marley, que vem primeiramente para apresentá-los. A partir da visita do fantasma de Marley a história se desenvolve e nos leva a reflexão sobre os nossos atos, sobre o que estamos fazendo de nossas vidas e da vida das pessoas a nossa volta.




Ao final Dickens deixa claro que quem mais sofria com a avareza de Scrooge era ele próprio, pois se via sozinho e afastado de todos que tanto o queria bem!

O bom de Um Conto de Natal é que ele nos faz pensar nas mazelas de nossa própria alma, nos atos insanos, de sabotagem, que cometemos conosco e que acabam refletindo nos demais.

Com relação ao autor, pode-se dizer que Charles John Huffam Dickens foi o mais popular dos romancistas da era vitoriana. Nascido em solo inglês, passou por alguns problemas na vida (inclusive seu pai chegou a ser preso por dívidas) e desde cedo foi obrigado a trabalhar pra promover seu sustento.




Jornalista do Morning Chronicle, publicava crônicas  humoristicas sob o pseudônimo de Boz, o que lhe garantiu mais visibilidade dentro do folhetim e, posteriormente, no meio em que vivia.

Entre suas várias obras, vale citar:

"A Christmas Carol" (1843)
“A Casa sombria” (1852)
“Tempos Difíceis” (1852)
“História de Duas Cidades” (1859)