28 dezembro 2012

Encontro Inesperado - Capítulo XVI e Capítulos XVII



(Ps: Como estive fora - tinha que comemorar o natal em família, não? - resolvi publicar 2 capítulos hoje, espero que curtem. Bjs)



- Linda, vamos nos trocar? Está na hora filha. Os convidados chegaram, a casa está pronta e até Sophia já está vestida, correndo solta pelos jardins, daqui a pouco vai se sujar e entrar toda descabelada na cerimônia.

Minha mãe não tinha percebido que eu estava novamente no modo automático. Desde a noite que Alessandro propôs o casamento tanta coisa aconteceu entre nós. Fazia exatos 45 dias.
 Mudei pra casa dele – que era linda, espaçosa, com uma piscina enorme e amplos jardins, local onde nosso casamento seria realizado em breve. Tinha um quarto pra mim, voltado pra o jardim interno, recebia a luz da manhã e tinha um banheiro enorme, com banheira de hidromassagem e tudo mais (fiquei sabendo uns dias depois que cheguei que aquele tinha sido o quarto do Alessandro até minha chegada na casa e agora ele ocupava um dos quartos de hóspede).
 Sophia se adaptou rapidamente a nova casa e a nova vida. Adorava correr pelos jardins, se perdia na frente da TV jogando vídeo game e ansiava pra voltar pra escola. Mas o médico ainda não tinha autorizado e isto era motivo de resmungos e lamúrias quase que diárias por parte dela.
 Até que apareceu com uma ideia nova, diferente... pediu um cachorro pro pai. Esperta já tinha descoberto que ele não sabia dizer não a ela. E assim, ganhou um cachorro pequeno, peludinho, branquinho e que era tão arteiro quanto ela.
 As empregadas da casa rapidamente se adaptaram a nova realidade e aceitaram bem nossa presença na casa. Para minha surpresa descobri que era bem vista pela criadagem, coisa que a ex-namorada do Alessandro não era.
 - Linda! Saia desde mundo particular no qual se enfiou e vamos nos vestir agora. – Ana parecia o general do meu casamento. Cada por menor ela havia resolvido, mal me dando tempo pra pensar em algumas coisas.

- Ok, ok, ok! Não estou em nenhum mundinho particular! Apenas estou pensando em como fugir desta loucura em que me meti.

- Ah, mas não vai mesmo. Ajoelhou tem que rezar, minha querida irmã! E aproveite que  o noivo é bem desejável e faça bom proveito deste casamento, antes que outra faça no seu lugar.

- Ana! Você não vale nada! Não sei porque fui te contar do nosso acordo nos mínimos detalhes.

- Porque você sabia que eu ia colocar um pouco de juízo em sua caixola. Ou, ao menos eu tento, né?

Me vesti e conclui a arrumação para o casamento. Sai do quarto uma pilha de nervos, via que todos me esperavam, e alisava freneticamente a saia do vestido. Por sinal um vestido lindo, rendado, reto, com mangas japonesas, que se abria ao final, ligeiramente para que pudesse me movimentar.

Usava na cabeça uma tiara de pedras azuis, um presente que minha mãe tinha ganhado de minha avó e combinava perfeitamente com meu vestido. Rindo, pensava que ter perdido os 10 quilos extras serviram pra uma coisa: entrar neste modelo slim que tinha comprado pronto.

Quando cheguei na ponta do tapete vermelho que me levava ao altar, vi Alessandro todo garboso dentro de um fraque azul e Sophia correndo solta em minha direção também de azul – eu tinha escolhido esta cor pra realçar a pele e os cabelos dela.

A música começou a tocar, os convidados se levantaram, os flashes das câmeras disparavam e eu não sei como cheguei ao fim do tapete, pois meus olhos estavam focados nele, somente nele. E sentia ele me olhando. Olhar de admiração e... desejo.

Quando finalmente parei ao lado dele, mal conseguia ouvir o que o celebrante falava, me permiti, naquele momento me perder dentro dos olhos dele.

E quando os votos foram feitos, eu sabia, que estaria pra sempre ligada aquele homem e que cada palavra por mim dita representava a verdade para meu coração.

Permiti que ele me conduzisse com a mão em minha cintura e me apresentasse a todos os presentes. Amigos e familiares, poucos convidados, uma união discretíssima, como eu pedi e ele concordou de pronto.

Como eu esperava, a minha relação com a mãe dele não melhorará um centímetro e talvez levasse décadas pra isto acontecer, mas ela já se permitia sorrir para Sophia e dar um pouco de atenção a ela. E isto me bastava no momento.

Fui arrastada por Alessandro pra a pista de dança e valsamos sob os olhares curiosos de todos os presentes.

- Você está uma indecência de tão linda, sabia?

- Que sorriso maroto é esse e que elogio mais sacana é este?

- Pena que eu prometi ser fiel a você, inclusive com você. Maldito acordo, mas hoje devo admitir, você está deliciosamente deliciosa. Minha mente não cansa de pensar no que eu poderia fazer se tirasse seu vestido e te deixasse somente com os brincos que te dei.

- Você notou? – rapidamente mudei o rumo da conversa, pois sabia que era bem capaz de ir pra cama com ele, se continuasse ouvindo essas coisas e tomando champgne.

- sim, notei que você ainda tem os brincos que te dei quando nos conhecemos e isto me faz muito feliz. Sinal de que marquei você.

- Profundamente! Não sabia? Alguém que tem 5 anos e está doída pra dançar com o pai foi a maior marca que você me deixou.

Falando isto me afastei dele com um sorriso nos lábios, interrompi a valsa, pois sabia que um minuto há mais iria dar confusão entre nós dois. Ele pegou Sophia no colo e com ela dançou um pouco mais. Todo atencioso, como se ela fosse a única dama daquela festa. Ela ria a cada rodopio. Era prazeroso vê-los juntos.

Aproveite o momento pra fugir de todos, especialmente dele. Não queria ter que ouvi-lo me seduzindo. Não seria forte o suficiente pra mantê-lo a distancia novamente.

- Linda, você está sendo uma boba com este acordo maluco, ouviu?

- Por que Ana, por que você me tortura?

- Porque é só ver ele te olhando. É com paixão, mas é também com adoração e admiração.

- Mas ele não me ama! O que você quer que eu faça?

- Que deixe de ser cega como ele está sendo. Veja, ele está fazendo de tudo pra manter você ao lado dele. E hoje quando você estava se arrumando, ele parecia um leão enjaulado pela casa, visivelmente contrariado porque não estava com você ao lado dele. Ele é tão tolo quanto você. Pois ele também te ama. E tanto você quanto ele, não saberão viver sozinhos, longe um do outro novamente.

- ok, Ana. Ok. Vou pensar no que você está me falando, ok?

Aproveitei a passagem do garçom com champgne e fugi de minha irmã e de seus conselhos. Aquela não era a hora ou o momento ideal para eles. E eu queria curtir a ideia de que havia acabado de me casar com o homem que eu tanto amava. Me sentia meio em êxtase neste momento.

Capitulo XVII

A festa de casamento correu solta, como não íamos viajar agora, pois não podíamos deixar Sophia sozinha e não tínhamos um motivo pra uma lua de mel, assim, decidi fugir da minha festa de casamento para o quarto.

Pedi a Ana que me ajudasse a tirar o vestido de noiva, que mandasse embora os últimos convidados e colocasse Sophia na cama. Eu precisava descansar.

Mas surpresas me aguardavam naquela madrugada.

Fui pro banho, sentei na hidromassagem e me permiti relaxar. Enquanto estava assim, quase cochilando, senti as mãos e o cheiro de Alessandro em meus ombros.

- Posso descansar um pouco aqui com você?

- Abusado. Você prometeu se comportar, esqueceu?

- Prometi me comportar com as outras, não com minha mulher... posso? E novamente fez carinho na minha nuca... o que me derreteu. Há anos sentia falta daquele toque e se era pra ir pro inferno, iria em grande estilo....

- Vai entra... tome um banho aqui comigo e relaxe. Ao menos para mim o dia foi exaustivo.

Vi toda sua masculinidade desfilar a minha frente e sentar de frente pra mim dentro da banheira com água morna. Aquilo foi o que bastou pra soltar o resto de força que eu tinha pra resistir a ele.

Desta vez quem tomou a iniciativa fui eu. Quando o vi nu, diante de mim dentro da banheira, o calor do desejo nasceu em mim e rapidamente mudei de posição para beijá-lo ousada e sensualmente.

- Linda, você tem certeza, você...

- O que eu tenho certeza é que neste momento eu te quero, o resto, bem o resto eu acerto amanhã.

Com isto o beijei deliciosamente, colei meu corpo ao dele e permiti saciar todo o desejo que vinha sentindo por ele há anos.

A pele, o cheiro, o toque dele tudo era ao mesmo tempo novo e sedutor demais pra mim, me entreguei a ele sem reservas e nos amamos até o dia clarear.

Acabei dormindo em seus braços, nua, cansada e saciada. Quando acordei, foi ele que me chamava com carinho e com beijos. Queria atenção, queria namorar novamente, queria o fogo da paixão entre nós.

E assim os dias foram se passando. O corre-corre da vida se fazia presente no dia a dia, e as noites eram reservadas para nos amarmos profundamente.

Era o momento mágico em que entrava em cena o homem doce, carinhoso e companheiro que trazia o céu estrelado pra junto de mim.

Até mesmo a criadagem não estranhou quando ele ordenou que suas coisas fossem levadas de volta pra o quarto que agora dividíamos. Parecia que nada podia atrapalhar nosso conto de fadas. 

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