10 outubro 2011

A Gota d'água!!

Mulher carente é uma comédia. Literalmente um filme de acontecimentos bizarros é a vida de uma mulher que sente falta de carinhos. Eu sou uma é claro. Nunca perderia meu tempo falando de solteiras deprimidas se minha realidade fosse outra. O fato é que essa semana me aconteceu uma coisa que posso classificar como “cômica, se não fosse trágica”. Pra melhor entendimento do assunto preciso esclarecer que me interesso normalmente por homens mais velhos, o por que vai se esclarecendo ao longo dessa história. Pois bem, ontem resolvi por curiosidade (mais um dos meus momentos impulsivos), conhecer alguém de 20. Que mal tinha afinal?! Deu-se início ao desastre. Pra começar era um tal de “amor” pra cá, “amor” pra lá.. O menino mal sabia meu nome já tava me chamando de amor?! Depois veio o “prin”. Com o maior orgulho o indivíduo me confessou que inventou esse apelido carinhoso: PRIN – diminutivo de princesa. Meu Deus, mas o que é isso? Já não está de bom tamanho eu estar aqui cedendo às emoções e falta de assunto de um cara dessa idade?! Seria fofo se eu nada tivesse na cabeça, se eu fosse frívola, como meninas de minha idade. Não sou. Infelizmente não passo 70% do meu dia pensando na próxima balada e que roupa vou usar pra chamar atenção do playboizinho do meu bairro. Não estou à procura de um Felipe Dylon pra me chamar de “Musa do Verão”, aliás sou bem branquela pra ser referência dessa estação. Prefiro Djavan, que tenho certeza, me batizaria de “Espécie escolhida pra traduzir o outono em si...”. Muito mais a ver comigo.
O fato é que o menino ligou a torneirinha de asneiras e jorrou tudo que pôde. Fez até planos pra “quando casássemos”. Quando ele citou essa parte eu me revoltei, é claro. - Aaaah não! Chega! Não mereço isso. Estou sozinha faz tempo, carente em grau máximo, mas como diria a boa, velha e mais clichê frase que eu conheço “Antes só do que mal acompanhada.”
Então respirei fundo e lancei um “Olha, amor!” (pensei que retribuir o apelidinho seria útil nessa hora) e continuei com: “As coisas não são assim como parecem, sei que minha página de relacionamentos pode estar cheia de frases românticas, mas a idéia não é paixão flash.” Não esperei feedback. Sai rindo de mim e orgulhosa ao mesmo tempo. Em outros tempos com tombos a menos, eu teria mantido-o na minha prateleira de guardados. Voltei então pra minha rotina habitual, com um apelidinho novo, dessa vez não carinhoso e sim debochado, depois que contei às amigas: PRIN, que pra mim foi como o som da última gota d’água, o THE END do filme de comédia que se tornou minha vida amorosa nos últimos tempos.
 
Texto de Tayane

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