19 setembro 2012

Em seus braços

Era uma noite de encontros e eu estava feliz por ver todos aqueles rostos conhecidos.  A vida as vezes separa pessoas queridas, pessoas que admiramos e infelizmente não podemos levar ao nosso lado. Saber da história de cada um era algo intrigante Nesses encontros aparecem todos os tipos de gente. Tem a gostosona que vai com uma roupinha sexy para impressionar e dar inveja nas suas amigas. Tem a versão masculina, lindo, todo sarado que faz questão de convidar todos para um final de semana em sua casa de praia em Búzios. Tem aqueles tipos 'viajados'...que adoram contar suas experiências ao redor do mundo. Tem a divorciada, dando tiro para todo solteirão bom partido do evento. Tem a dondoca casada, viajada e mal amada. Enfim uma variedade e diversão garantida para a noite toda.
Eram tantas pessoas que não sabia para onde olhar e com quem conversar primeiro. No final do jantar senti aquele cansaço pesando e uma sensação de dever cumprido. Aproveitei o único momento sozinha e fui caminhar aos arredores do local. 
Algumas podem chamar isto de destino, outras de coincidência, mas eu não sei bem explicar o que aconteceu. Ele estava sentado no banco da praça, sozinho. Suas roupas não eram formais, como dos outros convidados, vestia uma blusa preta, um jeans surrado. Sorriu pra mim...o mesmo sorriso de dez anos atraz. Fiquei parada ainda tentando assimilar, tentando acreditar. Realmente era ele? Quando dei por mim já estava em seus braços. Era tão gostoso sentir o calor do seu corpo... naquele instante fiz uma prece e com lagrimas nos olhos pedi que aquele momento não acabasse nunca. Choramos juntos pelos desencontros e pelo fracasso de todos os planos que fizemos juntos. Nem tudo as vezes sai conforme planejamos. Èramos tão jovens, a vida gritando dentro de nós, com uma vontade de explorar o desconhecido que acabamos por fim nos separando. E eu quiz aproveitar aquele momento tão doce com ele. Parecia aquele abraço um pedido de desculpas, uma vontade de dizer: ' Eu errei com você!'. Queria dizer que o amava, mas apenas despedi-me sem olhar para traz. No bolso um telefone que sei que nunca terei coragem de ligar.

Um comentário:

  1. Adorei! Muito bom!
    DE fuxiqueira q sou, dou a dica: faz a continuação...... seria o máximo!
    hehehehehe

    Fiquei com vontade de saber e o depois... sabia q pode virar um romance daqueles? Deixe a mente fluir, vc pode transformar o conto em romance... e quem sabe, publicar ao final.

    Bjs, adorei

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