Sabe
aquela fase depressiva, onde você se sente mal amada? Onde nada parece que tem
vida? Pois é... passei por isto. E quem não passa?
Só
que o sol começou a brilhar pra mim o dia que fui de rasteirinha na aula. Lembro
perfeitamente deste dia. Quente, ensolarado, 40º graus, alto verão. Abri o
guarda roupa sem pensar e peguei um saião, uma camiseta básica e calcei uma
rasteirinha básica, deixando os dedos de fora.
Na
aula sentei no meu cantinho, longe dos olhares, das conversas, tentando tirar a
cabeça das minhas feridas e concentrar na aula, de repente, escuto:
“Este
lugar está ocupado? Posso me sentar ao seu lado?” - Para minha surpresa era o
gatinho da turma querendo um canto (ao meu lado!!!) pra se sentar. Logo, ele
puxa assunto e começa a conversar e a dizer coisas meio sem sentido e ao mesmo
tempo com cheio de duplo sentidos.
Nossa
que alegria! Ficava só pensando q estava vestida de qualquer jeito, com pouca
maquiagem e de sapato aberto. Concentrei na conversa e assim o tempo passou rápido.
No
final da aula, ele se despediu com um beijo no rosto e disse que a aula passou rápida
demais, não houve nem como ele aproveitar a maravilha que é o meu pé.
Ao
entrar no carro, não resisto e ofereço carona a ele. Cruzo a cidade somente pra
levá-lo em casa e ficar conversando um pouco mais com ele. Durante o trajeto, pergunto
o porquê dele ter gostado tanto do meu pé.
“Hummm.
Ele é na medida exata, tem uma aparência de macio, é bem cuidado, e os dedos
são perfeitos. Com uma inclinação perfeita do dedão para o dedinho. Sério. Sou
fissurado em pé e o teu é o máximo. Fiquei olhando pra ele pensando em duzentas
mil coisas pra fazer com ele”.
“Tanta
coisa pra você notar em mim e observa justamente o pé! Inacreditável”.
“Ah,
mas eu já tinha notado teu sorriso, teus olhos azuis que brilham constantemente.
Tua boca macia, teus jeito de andar. O pé foi a gota d’água. Tanta perfeição me
atraiu”.
Fico
nervosa e só penso em não bater o carro depois do fogo que as palavras dele
colocaram em meu corpo. Parecia que cada letra era um toque na pele.
“Vamos
jantar? Você sobe ao meu apartamento, peço uma salada simples pra gente e
conversamos um pouco mais, aceita?”
Quase
grito dentro do carro: óbvio que sim!!!! Mas me controlo e super calmamente
aceito o convite.
Daquela
noite não lembro como era a comida ou o vinho ou mesmo o apê, sério não lembro
mesmo.
Mas
recordo muito bem que começamos pelo meu pé, sentados no sofá e terminamos na
cama... Eu não imaginava como pode ser prazeroso um carinho no pé!!!!
Agora
a pedido dele, sempre uso rasteirinha, sempre cuido do pé e sempre estamos
juntos, rindo brincando e namorando.
Outro
dia postei fotos no facebook do meu pé e ele entrou só pra falar: sou maluco
por este pé... posso usar?
Obvio
que sim! Porque carinho no pé é muito bom!
eu ainda nao consigo entender essa tara dos homens. Acho pé uma coisa tao sem graça. Gostaria que algum deles me explicasse esse fetiche. Amei o texto, Dominatrix haha
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