05 dezembro 2012

Encontro Inesperado - capítulo VIII


Capitulo VIII


E de repente senti raiva dele, raiva por ele não ter se permitido saber a verdade, e ter me afastado dele há tantos anos atrás. E foi isto que me motivou a ir atrás dele.

Decidida, deixei minha mãe cuidando do meu anjo, dei um beijo nela e sai. Sai sem previsão de horário pra voltar, sai com a decisão tomada, engatilhada em minha cabeça.

Não andei a esmo, fui direto para o escritório dele. Sem pensar no que estava fazendo. Eu sabia que ele iria se reconhecer naquele rostinho doce de olhos azuis. Era impossível não olhar pra ela e não ver quão parecidos eles eram.

A primeira barreira foi passar pela recepcionista que não queria deixar que eu chegasse até a secretária dele – não tinha hora marcada. Mas eu pretendia agendar um horário nem que fosse à marra.

A segunda barreira foi a secretária. Esta me pareceu interessada demais na vida do patrão, até mesmo com certo ciúme dele.

- Querida, eu preciso falar com Alessandro. Há quase 6 anos que não nos falamos, não nos vemos. Tenha certeza que se o caso não fosse de vida ou morte eu não estaria aqui neste momento. Não estou pedindo a você piedade. Estou pedindo a você que faça o certo.

Enquanto argumentava com ela, um dos diretores do grupo chegou e perguntou qual assunto eu me referia, queria saber se era dinheiro, se era algo que ele poderia resolver.

- É um assunto pessoal, particular e que diz respeito somente ao Alessandro. Você não poderá ajudar. Eu preciso falar com ele. E tem que ser agora. Será que ele não pode atender a uma amiga que não vê há anos e com ela tomar um simples café? Não pretendo roubar nada da sal...

- Linda? O que você está fazendo aqui? Ouvir a voz dele depois de tantos anos foi uma surpresa pra mim.

- Oi Alessandro, desculpe a confusão em sua sala, mas de fato eu preciso tratar  com você sobre um assunto pessoal que é extremamente urgente e importante. Não posso deixar passar nem mais um minuto. Pra mim cada minuto que passa, mais arriscado o assunto fica. Por favor...

Sem mais palavras ele me conduziu para a sala dele... imponente, bem máscula, com o cheiro dele impregnado em cada detalhe e com uma vista de tirar o fôlego. Foi pra janela que me dirigi.
  
Dentro da sala, diante dele, já não tinha certeza do que falar e de como falar. Tinha medo da reação dele e sentia que ele estava me estudando detalhadamente. Meio na dúvida se eu seria algum inimigo pronto pro ataque ou se eu seria alguma doída pronta pra me jogar da janela dele.

Ao me virar pra olhar os olhos dele, via a impaciência misturada com a diversão, escondidos com um lindo sorriso. Vi minha doce Sophia ali. Era a mesma expressão que ela fazia quando se sentia contrariada. E isto me deu toda a força que precisava pra com ele conversar.

2 comentários:

  1. e o resto da história?

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  2. Qual será a reação do Alessandro hein!!!
    Estou aqui na expectativa aguardando o próximo.
    Está maravilhoso o texto, bem gostoso de ler.

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