Bjm da Giuh ;*
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30 novembro 2012
Criatividade é a Chave!
Bom meninas, este post é supeeer especial pra mim e gostaria de compartilhá-lo com vocês. Como todo mundo sabe, eu curso Jornalismo. E como projeto final de uma das matérias a professora pediu que nós produzíssemos uma web novela. Devo dizer que foi um desafio e tanto - ainda mais sendo eu a diretora - mas todo o trabalho árduo valeu a pena. O vídeo tá bem amador, mas a história é incrível e foi feita de coração. Como nem todo mundo sabe, eu amo comunicação e este trabalho foi mais uma prova de que estou na profissão certa. Por isso gostaria de compartilhar com vocês este trabalho tão especial pra mim! Espero que gostem, compartilhem e comentem!
Encontro Inesperado - Capitulo VII
Mas
as coisas acontecem como tem que acontecer, e o destino ou a vida cobra um
preço alto demais da gente. Sem dar trela pro que achamos ou pretendemos fazer,
entre em nossas vidas, muda o rumo delas e depois nos convida a rir ou chorar,
sem pena do que acontecerá.
Pois
bem, dias após o aniversário de cinco anos de Sophia comecei a notar que ela
estava diferente. Mais lenta, mais sonolenta, não raro dormia na sala de aula,
perdeu o apetite, até mesmo o chocolate que era um problema entre nós, ela
vinha recusando.
Até
mesmo minha mãe, que não tinha muito tempo pra ficar com ela, havia notado que
algo estava estranho:
-
Sophia anda dormindo demais, você não acha? Antes ela entrava pela porta do
apartamento feito um furacão, mas nos últimos dias, chega dormindo da escola,
não come, reclama de dor na barriga. O que será que está criança tem?
-
É eu também notei isto, notei que tem algo diferente com ela. Já não fala pelos
cotovelos como antes, não espalha brinquedos pela casa. Vou marcar um médico.
E
naquele momento senti que deveria fazê-lo brevemente. Assim, no dia seguinte a
levei ao médico, que me pediu uma bateria de exames. Cada um com um nome
diferente, cada um com um sistema diferente. E a minha preocupação ia
aumentando.
Foquei
no trabalho e nela, somente pra não pensar no resultado dos exames. Só que era
inevitável, eu tinha que ir ao médico e ouvir o que ele tinha para me dizer.
-
Linda, não tenho uma notícia boa pra te dar. Sou médico e a minha profissão
exige que eu seja direto e objetivo. Mas Sophia está com Leucemia.
Naquele
momento meu mundo parou. Senti o chão rodar, vi que me faltava apoio. As palavras do médico estavam girando
em minha mente.
Eu
deveria ter desconfiado quando ele solicitou um exame chato, dolorido e
complicado de coleta de material da medula óssea. Mas eu não queria ver, não
podia ver.
Foram
horas digerindo o que ele falou em tão poucas palavras. E finalmente, decidi
que faria o que estivesse ao meu alcance para salvar minha filha.
Comecei
uma campanha para obter prováveis doadores e todos os procedimentos que os
médicos determinaram, foram feitos.
Eu,
minha mãe, meus irmãos, amigos, amigos dos amigos, meu ex-marido com sua nova
família, todos foram sendo testados... um a um sendo descartados.
Passamos
a fase do banco de medula óssea, vários foram selecionados, mas nenhum
apresentou o resultado esperado por nós.
Minha
família acompanhava com ansiedade e com tristeza cada mudança que ocorria em
Sophia. Cada pessoa que se propunha a doar a medula era pra gente um novo grão
de esperança, que fenecia ao sair o resultado.
Em
meio a minha agonia, sentada no quarto do hospital ouvindo o médico dizer que o
transplante era a nossa única salvação, ouvi minha mãe falar claramente, o que
vinha há muito tempo ruminando:
-
Linda, chegou a hora. Eu sei que você não quer procurar o pai da Sophia, sei
que você prometeu a si mesma não mais tocar no nome dele ou procurá-lo. Mas
agora não é por você, é por ela. Sei que você é uma mulher reservada, de poucos
namorados, sempre o foi. Até desconfio que além do pai da Sophia você só teve o
seu ex-marido. Querendo ou não, a solução do problema está nele, está com ele.
Quem é ele, Linda?
-
Sim, nós temos que procurá-lo. Não é justo com a Sophia nesta hora triste não
poder contar com o apoio dele. E, mesmo que ele seja um idiota, não é justo com
ele não saber que tem um anjo como ela, que é parte dele. Completou Ana, como
se aquilo fosse o fim da conversa, como se tudo já estivesse decidido e que eu
iria atrás de Alessandro.
O
médico oncologista que acompanhava Sophia, vendo o cerco familiar se fechando
sobre mim, me levou para tomar um café e conversar comigo em reservado –
definitivamente, não recordo o nome dele, mas recordo cada palavra que ele me
disse aquele dia:
-
Linda, minha querida, ouvindo sua mãe e sua irmã falando, pensei em algo que
talvez não seja muito ético, mas que poderá ter dar uma luz.
-
O que doutor? E enquanto ele olhava pra mim, via que eu teria que enfrentar o
leão chamado Alessandro muito em breve.
-
Procure o pai da sua filha. Conte a ele que você tem uma criança, conte a ele
que você precisa que ele faça a tipagem para sabermos se ele é combatível ou
não. E caso ele seja, contamos a verdade a ele. Se não quer contar a ele que é
o pai da Sophia, só faça se não houver outro jeito, mas procure ele. Se ele não
for o doador, teremos uma pequena chance que alguém na família o seja.
Sai
de lá desorientada, voltei pro quarto que Sophia ocupava no hospital e comecei
a olhar, fiquei analisando seu rostinho, suas mãos lindas. E meio sem saber o
porquê liguei a televisão.
Para
minha surpresa, lá estava Alessandro. Todo sorridente, todo feliz, aquele
sorriso que ia até aos olhos mais azuis que eu já
tinha visto. Falava sobre uma nova conquista, um novo empreendimento. E parecia
que tinha conquistado o topo do Everest.
29 novembro 2012
Encontro Inesperado - Capitulo VI
-
Linda. O que você está fazendo... e vi as palavras morrerem na boca dele ao
olhar para meu ventre. Minhas mãos estavam apoiadas calmamente sobre o ventre,
já volumoso, e isto chamou mais a atenção dele.
-
Linda. Como assim? O que você tem pra me dizer? O que você faz aqui? Não podia
ter enviado um e-mail?
-
Oi Alessandro, estou indo ver uma loja de roupas aqui perto. E por que deveria
te procurar? O que eu teria pra te dizer? Nossa depois de tanto tempo, te
encontro assim na rua ao acaso e você faz estas perguntas... Que coisa mais
estranha. Menti descarada e rapidamente, tudo para esconder a ferida que as
palavras dele causaram.
-
Desculpe, somente é que me assustei ao te ver grávida. Não esperava por isto.
E, pensei que...
-
Pois pensou errado senhor sabidão! Sua conta desta vez não vai ser fechada,
certa. Ok? Desculpe, mas estou mesmo com pressa, ainda tenho muito o que fazer.
Mas foi bom reencontrá-lo e saber que está bem.
Sem
dar nenhuma outra oportunidade a ele, sai e andei o mais rápido possível, nem
prestei atenção que estava indo pro caminho errado e somente me dei conta disto
quando me vi muito longe do meu trajeto. E muito menos vi os olhos tristes que
me seguiram pela multidão...
Andava
e lamuriava. A atitude dele foi tão desprezível, que gelou meu coração. Sentei
a mesa de um café e por lá fiquei horas a fio pensando e meditando no encontro
inesperado que tivemos. Mais decidida fiquei a não contar a ninguém quem era o
pai de Sophia.
Assim,
cai no trabalho e não me permiti a pensar em Alessandro. Quando chegava hora de
dormir estava tão exausta física e emocionalmente que deitava e desmaiava.
Entrei num ciclo virtuoso para não mais pensar nele e na dor que o olhar dele
me causou naquele dia.
Faltando
3 semanas para completar 9 meses de gestação, cuidando da produção de um mega show,
cai da escada no palco. Imediatamente senti uma fisgada horrível e a bolsa se
rompeu.
Foi
um corre-corre, ninguém esperava por isto, muito menos eu. Mas tudo correu bem
e a minha linda Sophia nasceu no dia 03 de setembro. Linda, loirinha e com os
olhos do pai - extremamente azuis.
Cada
gesto, cada ato, cada palavra dela me leva a crer que eu nasci para ser mãe!
Não havia madrugadas perdidas, não havia choro desnecessário, tudo era motivo
de gratidão e beleza pra mim.
As
primeiras semanas foram complicadas, pois era marinheira de primeira viagem,
tive a oportunidade de contar com a presença de minha mãe ao meu lado nestes
dias e aos poucos fui aprendendo a lidar com aquele ser tão lindo.
Admirada,
me via fazendo festa com cada nova descoberta: a primeira palavra, o gatinhar
pela casa, a bagunça que era capaz de fazer (e como um ser tão pequeno consegue
fazer tanta bagunça?), os primeiros passos, o primeiro dia na escolinha, onde
eu chorei horrores e ela ficou rindo e dando tchau pra mim.
Os
anos foram passando, não tinha mais tempo em pensar em novos relacionamentos,
minha vida se resumiu a trabalho e a Sophia. Às vezes no cair da noite, quando
a casa entrava no silêncio, e restava apenas eu, me punha a recordar aquele dia
tão especial ao lado de Alessandro.
Uma
ou outra vez o via a distância, ou em alguma notícia do jornal, mas nunca mais
o procurei. Sentia orgulho ferido pela atitude dele naquela época, sentia falta
do cara que me deu o mundo de presente
em uma única noite – e que ele nem sabia.
Fiz
questão absoluta de não contar a ninguém quem era o pai da Sophia, nem mesmo
Ana sabia, apesar das inúmeras perguntas e indiretas que dela recebi, sempre
mantive minha boca fechada quanto a este assunto. Há coisas que a gente guarda
sob sete chaves. Eu pretendia fazer isto com esta informação.
Já
tinha traçado o plano de como contar a Sophia sobre o pai quando chegasse o
melhor momento: “Seu pai foi um cara que eu conheci, um cara que passou pela
minha vida tão rápido e que perdi o contato com ele. O nome dele era Alessandro
(não precisaria dizer o sobrenome) e não o vejo desde que nos separamos na
noite em que você foi concebida.”
Seria
fria, direta, objetiva e não permitiria maiores questionamentos.
24 novembro 2012
O que tem dentro da sua bolsa???
As nossas bolsas podem dizer muito da nossa personalidade, nela carregamos coisas úteis e que sempre precisamos de última hora.
O meu sonho mesmo era ter uma bolsa do Gato Felix, pra poder guardar todos os cacarecos do mundo... hehe.
Achei muito legal essa idéia que vi no flickr, de algumas meninas mostrando as coisas que carregam dentro de suas bolsas. As vezes, conhecemos uma pessoa por anos e não sabemos o que ela carrega ali, pois a bolsa é algo muito particular.
Compartilhei algumas coisas que estavam dentro da minha, mas geralmente costumo carregar muito mais: chaves, câmera, escova de cabelo, desodorante... Dependendo da ocasião pasta, escova de dente, perfume, livro.
O maridinho não se conforma com a quantidade de coisas e diz que não uso nem a metade hehe
Mas, a brincadeira é a seguinte: mostrar o que está dentro da última bolsa que você usou.
Escolho: Cláudia, Giulia, Bruna, Nara, Aline, todas daqui do blog e também Michele do Blog 'Apenas Curtir'... Sim, quero ver a bolsa de todas!
Vocês podem fazer uma postagem no blog, falando sobre o assunto.
Usem a criatividade, tirem fotos ou façam um vídeo (a escolha de vocês).
E se vocês, leitoras também quiserem compartilhar fotos ou vídeos de suas bolsas, mandem um email para:
penteadeiradasloucas@gmail.com
No email deve conter seu nome, cidade, foto ou link da foto, vídeo ou link do vídeo.
Beijinhos, comentem sobre o que acharam dos meus cacarecos e da minha voz chata!
23 novembro 2012
Encontro Inesperado - Capítulo V
Foi
a melhor noite que tive em anos, as borboletas que ele tinha colocado em meu
estômago durante o jantar, foi retirando uma a uma juntamente com minhas
roupas.
Como
ele era perfeito na cama! Sentia-me viva depois de tantos anos, foi uma noite
maravilhosa. Adormeci nos braços dele e acordei no meio da madrugada com ele
dormindo deliciosamente ao meu lado.
Fiquei
olhando pra ele e pensando na loucura que eu tinha cometido. Mas que loucura boa!
Até a tattoo no braço direito me tinha conquistado. Fazia tempo que não me
sentia assim e nem mesmo o vento frio que seguiu o temporal me incomodou.
Enquanto
o admirava e pensava nisto, ele acordou me puxou e nos amamos novamente. E
assim ficamos até o dia amanhecer, nos amando e conversando.
Quando
o dia clareou, saímos pra ver a rua, o carro, e tive a oportunidade de ouvi-lo
dizer que a noite tinha sido maravilhosa. Me deu um beijo e prometeu que
entraria em contato.
Como
não sou de esperar, não me decepcionei quando as horas se tornaram dias, e os
dias se tornaram semanas, sem noticias dele.
Via
imagens dele no noticiário, sabia que estava vivendo um novo romance, que a
palestra da qual ele participou foi fundamental para o lançamento de um novo
plano do governo.
Através
do diretor da empresa que me contratou naquele dia fiquei sabendo que a
história do falecimento do pai dele era verdadeira e que ele iria entrar em
‘guerra’ com uma ala do grupo para manter a hegemonia das empresas.
E
eu toquei a vida, me sentia mais viva, mais mulher, mais disposta a realizar
meus sonhos, meus desejos.
Voltei
a procurar o pessoal da faculdade, cheguei a sair com alguns para tomar um
chopp no fim do expediente. E me reaproximei da minha irmã caçula, Ana, minha
confidente de longas horas e de todo o processo doloroso que foi meu divórcio.
Mas naquela época não tive coragem de contar à ela ou a ninguém o momento mágico
que vivi ao lado de Alessandro. Quero somente pra mim aquelas lembranças.
Ele
iria me procurar novamente? Dificilmente. Queria guardar em minha memória os
bons momentos que vivi ao lado dele, naquelas poucas horas que junto estivemos.
Foi mágico, não queria que ninguém viesse a manchar àquele momento.
Cinco
semanas depois do nosso encontro. Minha empresa de eventos fechou o lançamento
de um novo produto e estava totalmente focada nisto.
Fazia
semanas que precisava ocupar minha mente com algo mais produtivo e investi cada
milímetro neste empreendimento. E como precisava de mais talões de cheque, fui
ao centro da cidade resolver isto e outras coisas que estavam pendentes.
De
repente, dentro do banco minha pressão caiu, vi tudo rodar e desmaie. Acordei
na sala do gerente, com os paramédicos ao meu lado.
-
Foi apenas um susto. Mas a senhora precisa procurar urgentemente um médico e
fazer novos exames. Pode ser qualquer coisa, inclusive uma virose mais forte
que está rondando a cidade.
Sentei,
ouvi o que ele tinha falado e parei pra analisar. O meu problema era falta de
alimento. Fazia quase 24 horas que não tinha vontade de comer nada! Já fazia
algumas semanas que comer pra mim era um suplício, ora enjoava, ora perdia
totalmente o apetite. Decidi seguir a recomendação dele e agendei um horário
com minha médica.
Para
minha surpresa, eu não tinha uma virose. Eu estava grávida!
-
Grávida?! Como assim Dôra? Você acompanhou toda a história do meu casamento,
viu a quantidade de exames que fiz, quantas vezes tentei engravidar. E agora
você me diz que eu estou grávida?
-
Linda, é verdade. O exame de sangue deu positivo. Agora me diga, não é motivo
para comemorar? Afinal, você vem tentando há anos ter um filho. Por que o
espanto? Seu namorado vai adorar.
-
Este é o problema. Foi apenas uma noite. Uma noite mágica e maravilhosa, mas
irresponsável. Nem mais tenho contato com ele. Não posso simplesmente
procurá-lo e dizer: “hei, se lembra de mim? Pois é vamos ter um filho!” Não,
não quero isto pra mim.
-
O que você fará? Irá cuidar sozinha?
E
naquele momento pensei nos olhos azuis de Alessandro e fiquei imaginando como
seria bom ter aqueles olhos a minha volta. E se este bebê tivesse os mesmos
cachos do pai seria muito lindo.
-
Sim, e por que não? Superei o casamento, superei o golpe que meu ex me deu.
Agora tenho uma estabilidade financeira, o apartamento é meu. Vou tocar o meu
sonho, o meu projeto de anos de ser mãe e vou cuidar desta criança.
Assim,
comecei a preparar tudo para receber o bebê. Mês a mês ia fazer o pré-natal, comprei
roupas, brinquedos e móveis. Continuei trabalhando, trabalhava até mais do que
antes. Eu fazia tudo para ter condições de criar bem aquela criança que
nasceria.
Às
vezes via uma ou outra matéria sobre ele na televisão e pensava em ligar pra
ele, mas desistia, não queria forçá-lo a nada. No futuro pensaria o que eu iria
fazer com relação a isto.
Quando
completei 6 meses de gestação, fiquei sabendo o sexo do bebê, uma menininha
viria ao mundo – o nome seria Sophia. Eu queria ser mãe, precisava disto.
Neste
dia senti uma vontade tão grande de contar ao Alessandro sobre a Sophia que
cheguei a parar na porta do prédio dele e cogitei a possibilidade de entrar e
pedir pra falar com ele.
Mas
girei sobre os calcanhares e resolvi sair dali, ir embora, seguir meu caminho.
Tomei a decisão e iria arcar com ela sozinha. Meditando sobre tudo isto, não vi
quando alguém tocou meu ombro, somente ouvi a voz dele. E foi um susto, não
estava preparada pra que ele me visse assim.
20 novembro 2012
Lomo Amada Lomo
Boa noite gente linda! É, sei que eu dei uma sumida. É que to no final do semestre e cheia de trabalhos e provas, mas senti tanta falta de postar que hoje resolvi dar uma pausa nos estudos e vir aqui falar de uma das minhas muitas paixões: a Lomografia. O principio da Lomografia
“sê rápido, não penses, não tenhas preconceitos
em relação ao teu ambiente, absorve tudo, coleciona e diverte-te a ser
comunicativo” espalhou-se pelo mundo e deu inicio a um novo movimento cultural,
mas a história começou muitos anos antes na Rússia dos anos 80. Em
plena Guerra Fria, um general russo ordenou ao diretor da LOMO que criasse uma
câmera pequena e de fácil manipulação. A ideia era que cada família russa
tivesse sua própria câmera para assim documentar seu estilo de vida. Mas
a “lomomania” começou a virar febre em 1991 quando dois fotógrafos de férias na
Republica Tcheca conheceram e se apaixonaram pela câmera, assim em 1995 nascia
a Sociedade Lomográfica e a primeira LomoEmbaixada com o objetivo de impedir a
extinção das câmeras, uma vez que a fábrica russa deixara de produzi-las.
Durante os últimos anos mais de 500 mil fotógrafos se dedicaram a lomografia,
transformando-a assim em um dos maiores movimentos socioculturais do mundo.
Os Dez Princípios da Lomografia
1 . Leve a sua Lomo para onde
vá.
2 . Fotografe a qualquer hora do dia ou da noite.
3 . A Lomografia não interfere na sua
vida, é parte dela.
4 . Aproxime-se o máximo possível do objeto a
ser fotografado.
5 . Não pense.
6 . Seja rápido.
7 . Você não precisa saber antecipadamente o que vai
fotografar...
8 . ...Nem posteriormente.
9 . Não fotografe com os olhos.
1 . Não se preocupe com as regras.
Em 2010 foi lançado o maior projeto
da Sociedade Lomográfica em colaboração com suas embaixadas espalhadas pelo
mundo, a constituição do LomoWordArchive, um registro em escalada mundial
contendo fotografias dos lomógrafos de todo mundo.
E você? Já enviou a sua foto?
Bjinhos da Giuh ;*
Capitulo IV
-
Não repare em meu apartamento, ele é pequeno, simples. Mas sei que tenho um bom
gosto para decoração.
-
Sim, tem mesmo. Mas estou preocupado, preciso dar um jeito de tirar o carro
debaixo daquela árvore.
-
O telefone fixo não funciona sem energia, o meu celular está sem sinal e o seu?
-
Também está sem sinal. Será que tem problemas deixar o carro ali? Eu volto
amanha de manhã pra buscar?
-
Não acho que seja problemático deixar o carro ali, ele está fechado, você
conseguiu acionar o alarme e a rua é sem saída. A única saída a árvore fechou.
E quanto a você, por que não dorme aqui? Imagino que não seja tão confortável
quanto sua casa, mas com certeza estará ao abrigo da chuva. Este temporal
poderá inundar a cidade.
-
Se não há problemas pra você, por mim tudo bem.
Fui
preparar o quarto de hospedes pra ele dormir, toalha de banho e tudo mais que precisaria
para descansar.
Como
não havia luz começamos a conversar, deixei a porta do meu quarto aberta em
quando me trocava, ouvindo a voz dele. Impossível não sentir a eletricidade
entre nós.
A
conversa fluía tão facilmente, que pude entender porque era fácil de ser
seduzida por ele. Era simples ao falar, ao explicar as coisas, o que pensava...
e tudo mais, ao mesmo tempo, era de uma sinceridade, de uma firmeza e de uma
inteligência impar.
Sentei
diante dele e fiquei olhando através da penumbra que as velas acessas faziam no
espaço. De repente o assunto morreu e senti os olhos dele em mim. Parecia que
ele queria falar, pedir, algo com aqueles profundos olhos azuis, mas esperava
por mim.
Sem
avisar, ele parou diante de mim, sentou na mesinha da sala, e nos olhávamos
como se fosse a primeira vez que nos víamos. O cheiro dele era delicioso e
inebriante. Pensei em dizer algo, mas acabei alisando os lábios com a língua
num claro convite para um beijo.
Foi
o que bastou! Ele se aproximou de mim, olhando dentro dos meus olhos,
analisando minha alma, nos beijamos apaixonada e demoradamente, caímos um nos
braços um do outro. Mãos, bocas, pele num encontro que parecia anos que era
aguardado. Nossas mãos corriam soltas por nossos corpos, sem medo, sem
barreiras. Sentia latente em mim o desejo de ser dele, de dormir nos braços
dele e de acordar ao lado dele.
Quando,
me beijando fui sendo puxada pro quarto, não conseguia pensar, e sentia que o
universo havia parado para assistir ao nosso namoro.
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