19 novembro 2012

2012


Há tempos eu estou "gestando" um texto pro blog, sempre me sinto em falta com as meninas, mas minha inspiração de escritora tem me faltado nesses últimos tempos, talvez pelo corre-corre cotidiano ou pela "corujisse" com os meninos, sei que a inspiração tem faltado, mas hoje senti um sei-lá-o-que, um comichão nos dedos e resolvi escrever pra clarear a mente.

Ontem estava analisando as coisas que aprendi durante o ano de 2012, foram tantas, mas a mais importante delas foi retomar a minha vida que andava meio suspensa. Sabe quando parece que sua vida está no piloto automático e você faz tudo mecanicamente, desde o café da manhã até a hora de dormir.

Pois é, 2011 foi um ano muito conturbado na minha vida, um ano em que eu me perdi de mim cheguei a um ponto de não saber mais quem eu era, sem saber o porquê de viver o que eu estava vivendo, como se um furacão passasse e deixasse a vida toda bagunçada. Em 2011 eu questionei todas as áreas da minha vida, amorosa, profissional e num estalo eu queria mudar tudo, eu queria sair de uma zona de conforto que estava me fazendo perder a minha individualidade.

Hoje eu entendo que toda essa bagunça foi como uma metamorfose, como no caso das borboletas, sair do casulo dói, é um transformação traumática até, mas necessária, se a borboleta não se liberta ela morre, então essa dor é um processo pra algo maior, pra uma vida mais colorida, afinal depois que a borboleta sai do casulo ela tem asas maravilhosas e ela passa a enxergar a vida não mais como lagarta, mas sob uma outra perspectiva muito mais interessante e bonita.

Esse ano foi um ano de descobertas muito boas pra mim, foi o ano que eu saí do casulo e pude ver as coisas de um outro ângulo, eu redescobri um amor enorme que tava meio adormecido, eu tive um filho em um parto tão esperado e tão desejado que foi uma realização pra toda a vida, eu fiz mais amigos e principalmente eu ME redescobri.

Hoje eu não sou mais a mesma pessoa que saiu de uma cidade minúscula a procura de crescimento pessoal e profissional, não estou mais lutando com a vida por um lugar, não estou mais tentando entender quem eu sou e como sou.

E aprender isso, sentir que eu não sou mais aquela mesma pessoa, que eu vivo e sinto diferente do que eu sentia há sete/oito anos atrás foi um choque pra mim, foi dolorido, mas foi revelador. Não que eu tenha perdido minhas raízes ou deixado de amar o lugar de onde vim, não é isso, mas a vida mudou e com ela a minha maneira de ver e até mesmo de sentir as coisas.

Esse ano as respostas vieram, esse ano eu me encontrei no meu lar, e isso aconteceu de uma maneira tão sutil, tão serena, que quase passou despercebida. Eu enfim consegui aceitar que aconteça o que acontecer, não importa o lugar físico onde eu esteja eu tenho um lar. E aceitar isso me tirou um elefante das costas.

Não que as descobertas de 2012 acabaram com os meus questionamentos, ou que eu tenha descoberto alguma verdade imutável. As perguntas continuam, sempre vão haver, as respostas podem mudar, assim como a vida muda constantemente a cada minuto. Acho até que essa é a beleza da coisa.

Mas fecho esse ano em paz, meu coração está em paz, estou feliz com minha família, meus filhos, minhas escolhas e com as possibilidades que 2013 trará.

E você o que achou desse ano?

Um comentário:

  1. Simplesmente lindo!
    Adorei!
    Parabéns pela capacidade em dar o dom certo a algo tão complicado de nossas vidas.

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