Irei publicar entre 2 ou 3 vezes por semana e espero que vocês possam gostar do que irão ler.
Beijinhos e boa leitura pra vcs!
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Capítulo I
Depois de 30
dias preparando tudo, finalmente chegou o dia da palestra. Estava ansiosa por
demais e muito irritada, porque o palestrante resolveu responder ao meu e-mail
apenas com um simples ‘OK’!
Isto me matou irritou
profundamente, porque eu fiz tantas perguntas, questionei tanta coisa e ao
final tive que adivinhar o que o ele fazia ou poderia querer para aquela palestra.
Mas, ela iria acontecer dali algumas horas e tudo sairia bem, tinha fé nisto.
Cheguei ao
hotel as 7:15 da manhã, o batalhão de recepcionistas já me esperavam e
imediatamente nos colocamos a trabalhar. Tanta coisa pra resolver que consegui
me desligar do receio do senhor Alessandro não comparecer.
Dando ordem,
colocando as coisas no lugar, às 9 horas tudo estava pronto e à espera dos
participantes, que rapidamente começaram a chegar, preencher fichas de
inscrição, retirando crachás.
Apesar do sol
de 40º graus de janeiro e ser sábado, todos estavam impecáveis, com seus ternos
e gravatas, as mulheres (uma minoria absoluta) de terninho. Faziam questão de
desfilar pelo salão como se estivessem numa grande festa – todos ali sabiam que
tinham que ser vistos e ouvidos para alçar vôos maiores.
E nada do
palestrante chegar.
- Quem pensa
que é, este tal de Alessandro? O cara que descobriu como viver em Marte? Não
atende o telefone, não retorna os recados. Simplesmente ignora uma pessoa, só
porque ela precisa dele pra realizar um evento? E assim, eu ia desfilando meu
rosário de lamentações...
Quando deu 9:30
destaquei uma recepcionista pra localizar o cara. Ela ficou ligando e deixando
recados á ele para todos os números e contatos que eu tinha anotado dele.
Mandei ela ficar literalmente grudada ao telefone até ele atender.
Quase 10:15
surge um homem alto, de cabelos loiros cacheados na altura dos ombros, de calça
jeans, camiseta pólo e tênis, super chato que queria ser atendido somente por
mim.
Mandei a
recepcionista mais próxima a ele o atender e fui resolver outras coisas – o
contratante pelo serviço, já tinha avisado que o palestrante viria, mas que
iria se atrasar e que eu podia ficar tranqüila, logo, comecei a pensar no
almoço e no serviço que o hotel iria prestar.
Mas o ‘novo’
visitante era mesmo chato, era comigo que ele queria falar. Não satisfeito por
eu deixá-lo falando com a recepcionista, vira pra mim e começa:
- Dou you speak
English?
- Parlez-vous
français?
- Habla usted
español?
- si parla
italiano?
-
Sorry, but I only speak Portuguese… ok? O melhor foi a resposta dele pra mim.
Com o sorriso mais estonteante que já vi, que ia até o profundo mar azul dos
olhos dele, me disse:
-
Finalmente consegui sua atenção. Eu sou o palestrante. O “cara” chato que não
atende o telefone.
Calminha
aí? Muita calma nesta hora! Tive que olhar pra ele mais 2 vezes. Nada dele
combinava com as pessoas que rondavam àquela sala: todos tinham cara de quem
vive pro trabalho, todos estavam enfaixados dentro de roupas padrão... enquanto
ele... bem ele estava simplesmente divino, lindo de se olhar, de se ver. E
quando sorria, nossa! Corria o risco de me perder dentro dos olhos e das
covinhas dele.
-
Não podia ter falado diretamente com a recepcionista que está á sua frente?
Bem, vamos lá, vou te levar para a sala de reunião. Já preencheu a ficha de
presença?
-
Não. - Falou sorrindo marotamente pra mim.
-
Bem, enquanto eu anuncio você e vejo alguns detalhes, preencha a ficha, por
favor.
Sai
de perto dele cuspindo marimbondos, mais brava comigo do que com ele. Como
podia alguém tão arrogante e cheio de si conquistar minha atenção e me fazer
pensar em namoro em menos de 10 minutos de conversa?
Quando voltei da sala de conferência, ouvindo-o
falar sobre uma área que não tinha nada haver comigo, me deparei com as
recepcionistas reunidas (todas!) em torno de algo que fazia com que elas rissem
muito.
O que me deixou mega curiosa para saber do que se tratava.
Amei muito e fiquei imaginando cada detalhe que vc escreveu. Continue que queremos acompanhar toda a história.
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