A linhagem da família era um tanto quanto suspeita.
A maioria das pessoas diziam que éramos amaldiçoados. Tolos ignorantes. Só
porque há mais de 50 anos não nascia homens na família, não significava que
éramos amaldiçoados, na verdade ela pensava o contrário. Fora abençoada. Ela e
as dezenove irmãs lutavam para defender suas terras. Eram guerreiras.
Infelizmente por causa dos boatos as mulheres
infelizmente eram obrigadas por vezes a dividir o mesmo homem. Ao ver a mãe e
as tias se debatendo pelo marido ela prometera a si mesma que jamais dividiria
seu homem com ninguém. Era a única filha de sua mãe. Chamava as primas de irmãs
mais por consideração porque não era filha daquele porco imundo.
A mãe dizia que era de linhagem nobre. Que o homem
com quem se deitara era um duque. Um primo do rei de toda a Grã-Bretanha. Ela
não se importava de onde tinha vindo. A mãe era mais bonita que as irmãs. Todas
eram morenas, magras e com um tipo de nariz que fazia lembrar o bico de um
corvo. A mãe tinha cabelos negros, olhos verdes e um nariz pequeno.
As tias logo estavam em cima do marido da mãe.
Ronald. Ele era um porco!
Como ela era a única ali que não era sua filha,
quando ela completara 13 anos ele tentara violar sua virtude. Mostrara a ele do
que era capaz. Dera a ele uma lembrança eterna. Uma cicatriz que o deixara
cego, que ia do queixo ate a testa.
Parou um segundo de divagar sobre a vida para
prestar atenção a um som. Cavalos!! Deveria avisar as outras ou esperar? Talvez
fossem apenas viajantes. Esperou que se aproximassem. Apenas três de nós
daria conta disso.
Eles se aproximaram. Falavam outra língua.
Sorte a dela ter se dedicado aos estudos ao invés de apenas as táticas de
batalha. Apurou seus ouvidos atenta. Quando eles se aproximaram pode definir o
francês. Mas não os deixaria perceber que conhecia a língua.
Quando se aproximaram ela disse: "Auto lá!!!!
Quem invade as minhas terras?"
- "É de conhecimento de nosso lorde que essas
terras pertencem à Ronald - o destemido." Blair cuspiu no chão.
- "Aquele porco imundo não para nem em pé!
Tudo o que ele faz é contabilizar nossos ganhos e ficar com o dinheiro. Quem
luta nossas batalhas somos nós". Imediatamente risos tão altos se fizeram
ouvir entre todos que estavam por perto, chamando a atenção das irmãs para o
que estava havendo.
Em seguida Janele e Tessa estavam ao seu lado numa
formação de batalha. Por trás dos homens estavam Grenda e Fayr. Rindo os homens
estavam, rindo eles continuaram. Eles só tiveram um segundo até que percebessem
que seriam atacados, por mulheres!! Depois de serem rendidos, o mais alto
gritou:
- "Não nos matem, viemos em paz, queremos
apenas acertar um acordo com Ronald".
Aquele era um lugar desejado por muitos lordes e
nobres. Não estavam na época da colheita para que parte dela fosse vendida. Ele
não poderia vender mais nem uma cabeça de gado, já que no ano anterior a maior
parte do gado morrera doente. O que sobrou mal dava pra provir o povoado de
leite. Então que negócios teriam a tratar com Ronald senão terras?
- "Diga ao seu lorde que nossas terras não
estão a venda. E que se porventura vocês insistirem nisso lutaremos até a morte
para resistir!"
- "Nós não queremos suas terras. Meu lorde tem
terras que dariam quatro vezes o número de seu povoado inteiro." Tessa
olhou para Grenda desalentada. Havia algo errado e muito errado!
Ela gostava das irmãs entre elas não havia
diferença. Elas treinavam juntas. Elas tinham o mesmo propósito: defender a
família. Janele se aproximou e sussurrou algo nos ouvidos de Grenda, mas seus
olhos estavam marejados.
- "O que por todos os deuses está
acontecendo?!" Janele foi quem respondeu:
- "Eu
pensei que ele não faria, mas ele fez!! Ele vendeu uma de nós" Ela estava
estarrecida! Uma de suas irmãs vendida?
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