Olá, meu nome é
Nastascha, já tive vários, mas eu gosto mais deste. Combina mais comigo, sou
branca – extremamente branca. Cabelos loiros, longos, sedosos que descem até o
meio das costas. Tenho os olhos verdes, mas, às vezes, eles ficam vermelho
carmim. Tenho 1,70 de altura, sou magra, de mãos e pés delicados.
Dizem que
pareço um anjo, alguns chegam a pensar seriamente que sou um anjo, mas não se
engane, não sou. Sou uma caçadora, e uma das coisas que mais adoro fazer é me
divertir com minha comida, ela sempre ganha um gosto bem especial antes de ser
ingerida.
Neste momento
pareço uma jovem gótica, estou de coturno, calça jeans skin preta, camiseta
punk e as pontas do cabelo pintadas de rosa, maquiagem pesada e correntes. Sinto-me
uma diva do Rock.
Apesar do calor
insuportável que faz no Rio de Janeiro nos meses de dezembro e janeiro, gosto
de ficar por aqui nesta época do ano. Sempre tem alimento farto e muita diversão
sobrando.
É engraçado
observar que a maioria das pessoas bebe e perde o juízo, o senso do ridículo e
o pior ficam tentados a dormir com o inimigo. Isto me diverte pra caramba!!
Tenho 2 amigos
na cidade, andamos por bares escuros, sombrios, onde o rock é pesado, nos
divertimos bastante. Eles curtem drogas pesadas, acham isto um barato. Isto pra
mim é uma vantagem, pois eles nunca vão me ver como eu sou de verdade.
Hoje, no meio
da pista, enquanto dançava, quieta na minha, um cara com quase 2 metros de
altura, pesando talvez uns 110 quilos, careca, troncudo e todo metido a
gostosão resolveu criar confusão comigo.
Justo comigo?
Putz! Estou parada, quieta na minha. Tem exatos 5 meses, 2 semanas, 3 dias e 5
horas que não me alimento direito – a dieta vegetariana estava fazendo
efeitos... até agora!
Quando ele me
agarrou pelo cabelo e me puxou pra junto do corpo dele, com cara de tarado,
sorriso horripilante, suei frio, não de medo. Mas de fome! Meu corpo pediu pelo
alimento, ali, naquela pista de dança. Poderia ter me alimentado dele até a última
gota e ainda ter tido como sobremesa o nerd que passou a noite inteira me
olhando que ninguém iria notar. Contive-me. Não há como controlar meus desejos,
quando o frenesi do sangue quente, morno e humano entre em minhas veias.
Sim, sou uma
vampira! Como humana nasci na Rússia cerca de 7 séculos atrás, como vampira,
nasci aos 25 anos da vida mortal. Depois de ter feito muita asneira, de ter
cometidos erros imperdoáveis até mesmo para minha espécie, aprendi a me
controlar.
Poucos vampiros
conseguem ficar entre os humanos como eu e não sair bebendo o sangue de todos
antes de pensar no que está fazendo. Mas eu não, consigo selecionar minha
comida, me dá prazer saber que entre os monstros que rondam a terra, eu posso
fazer a limpa, me alimentar daqueles que não farão falta sobre a Terra. Tenho preferência por cretinos e idiotas como este que me agarra agora. Com certeza, ele aterrorizou a vida de muitas jovens antes de topar comigo neste bar.
Voltemos ao
idiota que me segurou com tanta agressividade. Permito que ele olhe dentro de
meus olhos e veja um pouco do eu sou, peço para ele me soltar e aviso que caso não
o faça o risco será todo dele.
- Risco?!
Menina idiota, antes que a noite acabe você será minha e ainda irá implorar
para eu não parar.
Que
atrevimento! Ele não prestou atenção em nada do que eu mostrei a ele com um simples
olhar... quando idiotice!
Sem ele
esperar, giro meu corpo, torço o braço dele e saio do abraço que ele achava que
era de urso. Ele se assusta e me dá um olhar de quem ainda não se convenceu de
que eu não sou o anjo que ele pensa.
- Meu anjo, não
tem mulher que foge de mim. Tenho te observado há alguns dias. Gosta de andar
pela madrugada sozinha, ronda bares pequenos. Sei que está a procura de alguma
droga pra usar e ainda vou te pegar. Pode acreditar.
- Não sou uma
pessoa, não sou comum... se fosse você não continuaria com esta conversa. E, se
fosse você, manteria distância do que acha que sabe...
Sai andando e
ouvi ele rindo e prometendo que ainda está noite iria me mostrar o caminho do
paraíso.
Ele não sabe,
mas é o meu tipo preferido de comida. Hoje a gata sobe no telhado! E como sobe!
Fico no bar
durante todo o tempo que ele fica. Quando ele sai e entra no carro – uma pick
up velha e decadente – o acompanho por sobre os muros e telhados da cidade.
Ele se
direciona para o cais, praça Mauá, uma região onde os prédios sedem espaço para
antigos e decadentes casarões. Melhor pra mim, pular de prédio em prédio, as
vezes não é tão emocionante como os filmes de Hollywood fazem crer.
Ele entra pela
porta da frente num casarão velho, caindo aos pedaços, que cheira a mofo,
comida estragada, roupa suja e... ops! Espera! Começou a ficar interessante... cheiro de morte! Alguém morreu aqui e não tem muito tempo, talvez uns 2 ou 3
meses.
Encostada no
velho armário do quarto eu o espero. Ah, homens, quanto maiores e rudes, mais
nojentos e propensos a produzir gazes eles são. Mas o cheiro que ele exala não
consegue encobrir o delicioso cheiro que vem do sangue dele.
- Oi. Você não
me esperou quando saiu do bar... resolvi te seguir.
- Como você
chegou aqui tão rápido? Não vi nenhum carro passando por mim. Como sabe meu
endereço???
- Perguntas,
perguntas e mais perguntas... me diga, não era você que tinha prometido me dar
alguma diversão? Pois bem... eu a quero. Vamos fazer o seguinte: vou te dar
cinco minutos de vantagem. Você pega o carro e sai correndo a toda.
-Qual é! Está
achando mesmo que eu vou cair na sua? Ele tenta me segurar pelo braço – adoro esta
parte, quando demonstro que tenho mais força do que o próprio Mike Tyson. O arremesso
na parede com um simples golpe.
Pulo sobre ele
com as presas bem expostas, demonstrando a ele toda a minha ‘anjura’. Ele se
assusta ao descobrir que não tem como me tirar de cima dele, sente meus caninos
perfurando seu ombro e seu grito para mim é delicioso. Ah, adoro quando a
comida pede por socorro.
- Vá, corra,
fuja... como disse: tem 5 minutos de vantagem. Se conseguir fugir de mim,
prometo que não volto pra me alimentar de você.
Seus passos correndo rumo a escada, soam aos meus ouvidos antes mesmo que eu conclua a frase. Está noite
será maravilhosa... adoro caçar. Não qualquer um, mas os monstros que se
aproveitam de jovens indefesas para saciar seus instintos mais selvagens.
Bem, eu me
aproveito dos cretinos pra alimentar meu corpo. Afinal um vampiro não se mata
com facilidade, muito menos de fome. Tentei virar vegetariana (como li num livro de adolescentes), mas não consigo me controlar, o sabor do sangue humano é inigualável. Aproveito os séculos de prática para ficar dias e dias sem comer, me alimento dos cretinos do mundo.
E como estou
com fome, saio correndo atrás da minha presa, que desesperada pegou o caminho
para a ponte Rio-Niterói. Enquanto ele anda acima do limite de velocidade
permitido, eu corro ao seu lado pela balaustra da ponte. De vez em quando, só
pra dar um pouco de emoção, pulo sobre a caçamba e danço pra ele me ver pelo
retrovisor.
Passo pelo pedágio,
sem eles nem notarem que tem alguém ali. E o melhor, ele pega a Rio-Manilha, a
estrada que liga o Rio a região do Lagos, super deserta...
Como estou com
fome, e o sangue que provei dele
assanhou meu apetite, não resisto mais, antes do Shopping de São Gonçalo, resolvo
atacar. Pulo sobre a carroceria da pick
up, e abro a porta do motorista. Rindo, o puxo
pra fora e o jogo no acostamento.
- Você me
prometeu diversão, não foi? Disse que me conhecia, correto? Pois bem, vou me
apresentar: meu nome é Natascha, sou uma Vampira, tenho em torno de 700 anos, e
o meu passatempo favorito é correr atrás da minha comida. Meu prato favorito? Homens
enormes, canalhas, idiotas e que acham que as mulheres são brinquedos pra eles.
- Bem vindo ao
meu mundo e volte pro inferno, porque antes que você compreenda o que estou
falando verá o diabo dançando em sua frente. Beijos, durma bem.
Rindo o vejo
tentar fugir de mim, mas antes que ele entenda o que está acontecendo, estou
trepada em suas costas, e minhas presas estão em sua jugular. Sinto o sangue em minha boca, correndo vivo
pra dentro de mim, sinto o cheiro de sangue fresco e isto me dá o maior prazer.
Em poucos segundos,
talvez 1 minuto, seu sangue está dentro de mim e esta é a minha droga. Jogo
seu corpo imprestável pro lado, e antes de sair de lá, vejo que de fato aquele
cretino viu o diabo antes de morrer, sua cara estava assustada, os olhos arregalados de pavor.
Mais uma alma
que não vale a pena rezar, mais um cretino a menos no mundo!!!
É por isto que
gosto de pensar em mim como uma justiceira, uma vampira honesta que está
limpando a sujeira do mundo. Por enquanto eu continuo por aqui, gosto do Rio,
do povo alegre e divertido, do mar (adoro tomar banho de mar) e de sair a caça
dos idiotas que infestam a cidade, comida farta e saborosa.
A dieta? Bem, posso deixá-la de lado, afinal tem muitos canalhas e cretinos para eu tirar da Terra, são as melhores comidas que eu possa
ter e assim, vou continuar, vai que um dia eu
faça a diferença, não é?!
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A-M-E-I!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirPor favor, escreva mais!
Natasha é uma espécie de vampira e heroína, isso daria outros ótimos contos, pense nisso. hehe
Aahhh que tudoooo *---*
ResponderExcluir"Era Ana Paula, agora é Natascha, usa salto 15 e saia de borracha!"
Mais, mais, mais!!
Owwwww...
ResponderExcluirDona Claudia, vc precisa escrever mais e urgente... Quando a Giuh me falou sobre o seu conto, eu achei que era coisa de filha... Mas estou surpresa!
Parabéns!
Adoreiiii... Quuero mais... =D
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